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Date(s)
- 1732-01-25 a 1781-00-00 (Creation)
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1 Brochura; 148 fls.; 31 x 21 x 7,5 (cm)
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Administrative history
A Igreja e Sacristia da Irmandade dos Clérigos do Porto constituía o sector orgânico central à vida religiosa da Irmandade. De facto, até à instituição do Coro dos Clérigos em 1762, era a Igreja e Sacristia que congregava a realização de todos os actos de culto da Irmandade.
A principal figura deste sector era o Tesoureiro da Igreja e da Sacristia, que deveria ser um Irmão presbítero, com as seguintes características: dar um bom exemplo, ser de consciência, recolhimento e reconhecido asseio. O Tesoureiro da Igreja era nomeado pela Mesa e estava encarregado de zelar e velar por tudo o que pertencia e dizia respeito ao culto divino. Com a formação do Coro em 1762, esta figura passou a desempenhar funções em ambos os sectores, tal como se declara no Capítulo 9.º, § 1.º, fls. 14 a 15 dos Estatutos do Coro de 1782: «Posto que o Thezoureiro da Sachristia não pertença absolutamente as obrigaçoens do Coro, se não ao todo da Igreja, com tudo tem alguas dependencias que se embaração com elle (…)». Para além da sua actuação no funcionamento do Coro e da Igreja, o Tesoureiro da Sacristia poderia ainda ser aprovado para confessar e acumular vários cargos, nomeadamente o de cartorário da Irmandade (Capítulo 12.º, Artigo n.º 91, fl. 18 do Regulamento do Coro do séc. XX) e, após 1762, o de Capelão do Coro.
Do ponto de vista da produção documental, o Tesoureiro da Igreja e da Sacristia era responsável pelo livro dos assentos das pessoas sepultadas na Igreja; no final de cada ano deveria realizar um rol descritivo dos bens que lhe foram entregues no início do desempenho das funções e daqueles que restavam; e estava ainda encarregado de receber da mão do Secretário o pagamento do serviço religioso, que deveria fazer distribuir pelos capelães. No que diz respeito às funções relacionadas com o culto divino, destacam-se as seguintes tarefas: fazer a exposição do Santíssimo Sacramento; ver as licenças dos sacerdotes que quisessem exercer ordens na Igreja da Irmandade; mandar abrir as portas da Igreja e tocar os sinos; acender as velas necessárias para os diversos actos do culto; preparar na Sacristia tudo o que fosse necessário para os diversos actos de culto e fazer conservar em boa ordem, arrumados e limpos, todos os paramentos e alfaias da Irmandade. O Tesoureiro da Igreja deveria ser uma presença constante na mesma e não poderia ausentar-se sem licença e só quando devidamente substituído por um sacerdote responsável, que ficasse encarregado das suas atribuições. Esta obrigação de permanência no local tornava-o numa figura importante da vida da Irmandade, pelo que estava encarregado de manter todos os empregados inferiores no cumprimento exacto de todas as suas obrigações. Podia ainda, com a concordância da Mesa, nomear e despedir os Meninos do Coro, que ficavam sob a sua dependência e, por tal, deveriam igualmente prestar assistência aos actos do culto da Sacristia.
De forma a cumprir as suas funções, o Tesoureiro da Igreja e da Sacristia dispunha de um ajudante - que deveria estar sujeito a um regulamento especial -, nomeado pela Mesa sob proposta do Tesoureiro. Contava igualmente com o apoio de pessoal menor e trabalhadores remunerados, tal como o sineiro; o porteiro; os coveiros que abriam sepulturas; os armadores; assim como a da lavadeira e brunideira, no que dizia respeito à manutenção da limpeza e asseio dos bens da Sacristia. Deste pessoal auxiliar destaca-se a figura do porteiro, que embora devesse obedecer em primeiro lugar à Mesa e ao Secretário, cumpria igualmente ordens do Tesoureiro da Igreja e da Sacristia. Neste sector tinha tarefas de apoio à limpeza, de colocar água nas pias e de manter afastadas pessoas estranhas à vida quotidiana da Irmandade, sobretudo da parte da noite.
Esta secção engloba documentação que se relaciona com o funcionamento da Igreja e Sacristia da Irmandade dos Clérigos do Porto, tanto do ponto de vista dos ritos religiosos aí celebrados, como da administração financeira da Igreja. Entre esta documentação destacam-se os livros de registo das missas celebradas por alma dos Irmãos; as certidões de missas; assentos de termos de sepultura de fiéis e Irmãos; assim como a documentação de registo das despesas com a Igreja e Sacristia da Irmandade. Esta secção é constituída igualmente por documentação relativa aos diversos altares e devoções religiosas praticadas na Igreja da Irmandade dos Clérigos do Porto, como é o caso da Senhora da Lapa, Senhora das Dores, Santo André e aos padroeiros da Irmandade.
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Vários documentos relativos às esmolas da Igreja de Nossa Senhora da Assunção:
• Termo «(…) de aceitação e obrigação das esportulas esmolas que cada hum dos Reverendos Irmãos desta Irmandade e maes pessoas devottas quizerem dar e aplicar» para as obras da Igreja de Nossa Senhora da Assunção (datado de 25 de Janeiro de 1732), com as assinaturas e indicação do valor dado por cada Irmão.
• «Memoria das esmolas que se vão recebendo como constará do recibo do Reverendo Tizoureiro e entrega dos RR. Procuradores das Recadassoens» (de 10 de Maio de 1733), com uma lista de pagamentos.
• Termo do registo das esmolas dadas pelos Irmãos de 31 de Outubro de 1739, com lista de pagamentos; Listas de pagamentos de esmolas prometidas pelos Irmãos divididas por «esquadras» (ex.: Esquadra da Porta da Ribeira; Esquadra da Porta do Olival).
• «Declaração da despeza que se fez nas obras do novo Templo neste anno que teve principio em 30 de Abril de 1740, e findou em 15 do dito mez de 1741», seguida das listas de contribuições/esmolas dos Irmãos divididas por Esquadras; continuação do lançamento «para memoria» do que se achava «disperso no Livro das contas Geraes do anno de 1710 ate 1759» relativamente às esmolas pagas pelos Irmãos.
• «Memória» de esmolas de Irmãos para a despesa dos primeiros dois sinos de São Inocêncio e São Paulo (1760).
• «Titulo do dinheiro das sortes que vem para poder do Reverendo Tizoureiro da obra para continuar com as ferias».
• Esmolas para as Obras da Nova Igreja de Nossa Senhora da Assunção de 1743 a 1757; «Lembrança das esmolas e bem feitores que as fizerão, e com que ornarão a nossa Igreja, e seus Altares».
• Despesa com o Retábulo de S. José por conta de esmolas recebidas; Esmolas para o Retábulo de Mármore (1768-1772).
• Rol dos Irmãos que deram esmolas para o sino grande (1781).
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System of arrangement
Livro com organização cronológica (anos não sequenciais) e temática (tipo de obra a que se destinam esmolas).
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Brochura em pergaminho com tiras em pele para fechar. Apresenta manchas de humidade. Estado de conservação regular.
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Note
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Fólios numerados e rubricados. Rubrica: «Paulino»: Irmão Francisco Fernandes Paulino. 62 fólios em branco.