Série constituída por índices alfabéticos dos Irmãos, de ambos os géneros, que compunham a Irmandade dos Clérigos do Porto.
Estes livros foram produzidos com o intuito de facilitar o controlo dos registos dos membros. Assim, assentaram nestes róis, entre outros dados, a profissão, o nome, a morada e a categoria do Irmão (por exemplo: secular); a data de admissão (dia, mês e ano); a indicação de que foi «riscado» e a referência ao falecimento («obiit» e data: dia, mês e ano).
Registo das despesas com as obras na Casa e Sacristia da Irmandade dos Clérigos do Porto. Os registos contêm a folha de férias, ou seja, o pagamento do salário aos trabalhadores (ex.: carpinteiros, pedreiros, rebocadores, etc.), com a indicação do número de dias que trabalharam, a quantia por dia de trabalho e a soma, assim como as despesas efectuadas com os materiais para as respectivas obras. Os registos foram organizados por anos económicos e, dentro destes, por períodos de trabalho, com indicação da data de início e fim da féria, assim como da obra em questão (ex.: consertos das pias de água, conserto dos sinos, pintura de janelas, arranjos ao telhado, etc.). No final de cada féria encontra-se a soma dos gastos e a assinatura do Procurador das Obras da Irmandade.
UntitledSérie constituída por registos relacionados com a administração de legados instituídos na Irmandade dos Clérigos do Porto.
As unidades de informação contêm: decisões, tomadas nas sessões do Definitório, relativas à aceitação e ao reforço dos fundos dos legados; assentos dos movimentos de entrada e de saída de dinheiro dos fundos; aprovação das contas registadas; balanços dos fundos; certidões de missas rezadas no âmbito do cumprimento dos encargos assumidos pela instituição; entre outros.
Livros de registo dos devedores à Irmandade dos Clérigos do Porto e dividendos de acções e legados a cargo da mesma. Esta série documental resulta de um esforço de organização do cartório que se verificou a partir de 1835, nomeadamente no que diz respeito às demandas, devedores e casas adjudicadas. No caso dos devedores, procurou-se recuperar a informação que se encontrava dispersa em diversas fontes num «(...) livro para os devedores da Irmandade, aonde se ache promptamente as suas recepçoens, e o seu atrazo, para não ser percizo andar vadeando pelos livros das Caixas». Os registos dos devedores, organizados em colunas de «Deve» e «Haver», contêm os seguintes dados: nome do devedor; nome do conjugue; morada; descrição da dívida; data da escritura original; nome do tabelião onde foram realizadas as notas; identificação (nome, morada e profissão) dos fiadores; registo de pagamentos e respectivas datas; a folha do Diário em que a quantia foi lançada (geralmente este dado não foi preenchido); assim como a data em que o capital foi entregue e as contas liquidadas. Para além destas informações, os assentos contêm diversas observações relativas, por exemplo, à morte dos devedores originais e identificação dos herdeiros da dívida.
UntitledSérie constituída por termos e actas das sessões dos Definitórios da Irmandade dos Clérigos do Porto.
UntitledEstatutos do Coro da Irmandade dos Clérigos do Porto. Esta série documental é constituída por dois documentos regulamentares do funcionamento do Coro da Irmandade, elaborados, respectivamente, em 1782 e em inícios do século XX.
UntitledCorrespondência recebida pela Irmandade dos Clérigos do Porto. Esta série documental é composta por ofícios enviados por diversas entidades e figuras, tal como autoridades administrativas (ex.: Administrador do Bairro, Câmara Municipal do Porto, Junta Geral do Distrito do Porto, Ministro do Interior, Repartição de Fazenda do 2.º Bairro); figuras da vida eclesiástica (ex.: Núncio Apostólico em Portugal); companhias e serviços (ex.: Gerente da Companhia de Carris de Ferro do Porto, Sociedade de Energia Eléctrica do Porto); outras Irmandades e Confrarias (ex.: Mesa da Irmandade da Lapa, Ordem do Carmo, Real Confraria do Santíssimo Sacramento da Vitória); repartições centrais (ex.: Direcção Geral de Assistência); assim como Irmãos e privados. Os ofícios originais são frequentemente acompanhados de cópias de legislação central, portarias e circulares do Governo Civil e deliberações do Tribunal de Contas, entre outros documentos.
UntitledSérie constituída por termos e actas das eleições das Mesas da Irmandade dos Clérigos do Porto.
UntitledRegisto do pagamento dos caseiros (com indicação dos seus nomes e valor do aluguel) de cada casa adjudicada à Irmandade (receita), e registo das despesas da Irmandade com cada casa (ex.: foro, reparos/obras, décima). Indicação de nomes dos proprietários e localização das casas adjudicadas à Irmandade, por exemplo: Casa do Corpo da Guarda pertencente aos herdeiros de Joana Rosa Botelho; Casa da Fonte da Colher pertencente aos herdeiros de D. Mariana de Noronha Leme Cernache; Casa da Rua dos Bragas pertencente aos herdeiros de João Pinto; Casa da Rua de Cima de Vila pertencente aos herdeiros de D. Ana Gomes; Casa da Rua das Congostas pertencente aos herdeiros de Francisco António Arouca.
UntitledMandados de pagamento efectuados pela Irmandade dos Clérigos do Porto. Os mandados de pagamentos relacionam-se, sobretudo, com os actos quotidianos de carácter religioso, tal como esmolas de missas e sermões rezados na Igreja dos Clérigos; gratificações distribuídas nas celebrações religiosas; despesas com esmolas e ofertas nas festividades (ex.: sapatos e toalhas para distribuir na cerimónia de lava-pés na Quinta-feira Santa) e compra de cera para a Igreja e Sacristia (ex.: exposição do Santíssimo Sacramento na Igreja dos Clérigos). Encontram-se, igualmente, mandados de pagamento relacionados com obrigações de legados, assim como despesas relativas à manutenção do próprio edifício da Irmandade, tal como obras, pinturas, reparação dos sinos e limpeza do espaço, entre outros.
Os mandados de pagamento são constituídos por formulários impressos, que, embora com algumas modificações ao longo do tempo, contêm essencialmente as seguintes informações: ano económico; número do mandado; nome do Tesoureiro da Irmandade em funções; nome do cobrador; quantia em numerário e por extenso; proveniência do pagamento; tipo de orçamento (ex.: ordinário); verba respectiva do orçamento aprovado pelo Governador Civil; confirmação através da data e assinatura do Vice-Presidente e Secretário; assim como a referência às folhas do Diário em que a respectiva receita foi registada e a assinatura do Cartorário que elaborou o mesmo registo. Praticamente em todos os mandados, por baixo da data de confirmação do pagamento, encontra-se a assinatura do cobrador do pagamento.
Registo anual (por ano económico) das contas de receita e despesa da Sacristia pelo Tesoureiro da Igreja da Irmandade dos Clérigos, com cálculo de saldos contabilísticos.
A partir do ano económico de Setembro de 1770 para 1771 o registo passa a ser organizado «deve» e «háde aver».
Entre as receitas constam, por exemplo: paramentos de mortalhas; alugueres de caixões de defuntos; esmolas; dinheiro entregue pelo Secretário da Irmandade ao Tesoureiro da Sacristia para despesas; repiques de sino. Entre as despesas constam, por exemplo: vinho para missas; hóstias; azeite; vassouras; panos; lavadeira; consertos diversos; incenso; velas; papel; Armadores para a Semana Santa; tinta; carqueja para o Turíbulo.
Livros dos róis de missas celebradas na Igreja e Sacristia da Irmandade dos Clérigos do Porto, incluindo as missas rezadas a pedido dos devotos, tais como: missas pela alma de defuntos; missas de corpo presente; missas de intenção; missas de agonia; missas em altares privilegiados; missas por alma de Irmãos; missas pelas almas do purgatório; entre outras.
Os registos de missa contêm a data; a indicação do tipo de missa; o valor da esmola; o nome dos sacerdotes que rezaram as missas, acompanhado do número respectivo da missa que cada um celebrou; a indicação de «pago» e a certidão do Tesoureiro da Igreja e da Sacristia da Irmandade dos Clérigos do Porto em como as missas foram efectivamente rezadas e a respectiva quantia paga pelo Secretário da Irmandade.
Registo anual de receita e despesa da gerência das esmolas e mordomias da Senhora das Dores, com indicação dos saldos contabilísticos anuais (divisão trimestral das contas anuais a partir do ano económico de 1881 para 1882).
Entre Julho de 1881 e Setembro de 1888 o registo de contas surge parcialmente repetido em dois livros diferentes.
As receitas resultam essencialmente de esmolas «da bacia» e mordomias.
Entre as despesas constam, por exemplo: esmolas de missas pagas ao Capelão, azeite, impressões e papel de orações a Nossa Senhora, cera, festa da Senhora das Dores (ex.: música, Armador, Meninos do Coro, esmola ao Pregador, Jarrista, propinas aos «empregados da caza»), pagamentos por serviços (ex.: Capelão, Ajudante de Tesoureiro, Sineiro, Porteiro, Sacristão, Organista, Foleiro).
Livros de caixa da administração do Hospital da Irmandade dos Clérigos do Porto. Da parte da receita, registam a entrada de dinheiro proveniente de esmolas, pensões e hipotecas de casas, assim como juros de dinheiro emprestado e dividendos de acções. Estas receitas encontram-se carregadas na administração da caixa do hospital, que inclui igualmente as despesas com o mesmo. Da parte da despesa, esta documentação regista gastos e despesas com itens do quotidiano, assim como com os ordenados dos enfermeiros, médicos e cirurgiões, gastos com a botica, pagamento a vigários para assistirem enfermos, esmolas de socorro a clérigos doentes assistidos em suas casas, caixões para sepulturas, entre outros.
Os róis de receita e despesa, organizados por anos económicos, contêm o nome do Secretário em funções, a data de entrada e saída de dinheiro, a descrição da proveniência da receita e despesa, a quantia respectiva e a aprovação da conta pelos membros da Mesa da Irmandade. No caso da receita, remetem para os fólios do mesmo livro onde se encontram registadas as entradas de dinheiro.
Livros de Apontadoria do Coro da Irmandade dos Clérigos do Porto. Estas fontes documentais eram produzidas pelo Apontador do Coro, que deveria anotar todas as faltas e multas aplicadas aos capelães ao longo do ano económico. Estes registos estão organizados pelos principais cargos do Coro, como é o caso do Capelão-Mor, Sub-chantre e Mestre de Cerimónias, e pelos nomes dos capelães, embora geralmente apenas sejam anotados os apelidos destes. Desta forma, existe uma espécie de ficha de assiduidade para cada membro do Coro da Irmandade, ao longo dos quatro trimestres que compõem o ano económico, em formato de tabela. Esta tabela é constituída, no topo, pelo Ofício Divino, com abreviaturas que representam as Matinas, Prima, Terça, Missa, Sexta, Nona, Vésperas e Completas, e, à esquerda, na vertical, pelos dias dos meses. A tabela é completada com a indicação das respectivas multas ou faltas (geralmente representadas através do símbolo de «perdeu» ou de «deve») e o valor em causa é anotado no lado direito da tabela. Para além destes dados, encontram-se igualmente anotações dos dias de alívio de que cada capelão usufruiu; de faltas a ofícios de esquadra e círculo; de substituições do capelão proprietário da capelania por um ecónomo; entre outras. No final de cada livro encontra-se uma pauta, organizada por quartéis, em que foi elaborado um resumo do balanço do que cada capelão auferiu, com indicação do nome e do valor do que ganhou, do que perdeu, a quantia líquida, a quantia ganha através da distribuição das multas dos restantes capelães e o total.
A partir da unidade 0043, o conteúdo informacional altera-se, pois o apontamento das ausências e faltas dos Capelães do Coro passou a consistir em tabelas com o nome dos capelães, quanto perderem, venceram, lucraram e o valor total. Em alguns casos, encontram-se igualmente anotações da quantia ganha pelo Mestre de Cerimónias, Meninos do Coro, Apontador e Capelão-Mor. No final da tabela, encontra-se o recibo comprovativo de que o Apontador do Coro recebeu do Secretário da Irmandade o pagamento devido.