Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1786-09-29 a 1843-06-11 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
3 livros; 0,12 (m/l)
Zona do contexto
Nome do produtor
História administrativa
O Hospital da Irmandade dos Clérigos do Porto, em concordância com a missão base da Irmandade, foi criado com o objectivo de socorrer os clérigos pobres e doentes da cidade, incluindo os que não eram Irmãos. Oficialmente designado como Hospital da Irmandade, é comum ser referido na documentação da época apenas como Enfermaria, provavelmente em referência à casa da enfermaria, na qual se encontravam os leitos onde eram instalados os enfermos. Para além desta divisória principal, o Hospital incluía igualmente um altar, uma casa da sacristia, cozinha e um quarto para o Enfermeiro-Mor.
O Hospital estava sob imediata superintendência do Presidente ou, por delegação deste, do Secretário da Irmandade. A gerência e fiscalização desta secção de assistência física e espiritual, por sua vez, estavam incumbida a um deputado da Mesa, que tinha a obrigação de visitar a mesma diariamente durante os meses em que exercia a função de mordomo do Hospital. A nível interno, o Hospital era dirigido pelo Enfermeiro-Mor e contava igualmente com enfermeiros menores, cirurgiões e médicos, assim como um conjunto de criados e ajudantes, dos quais se destaca o Moço da Enfermaria.
O tratamento fornecido no Hospital da Irmandade incluía duas vertentes: a admissão no Hospital e a assistência aos clérigos doentes nas suas próprias casas. A assistência domiciliária era preferível no caso de doenças contagiosas e o socorro por conta da Irmandade, para além dos cuidados igualmente prestados aos doentes admitidos na enfermaria - com apoio do médico, cirurgião e boticário -, incluía ainda uma esmola. Tanto no caso de admissão como de apoio domiciliário, os clérigos contavam ainda com assistência espiritual - nomeadamente no momento da morte - e com o direito ao enterro, em caso de falecimento.
O período de maior vigor em termos de funcionamento do Hospital da Irmandade, segundo a documentação produzida pelo mesmo, parece ter-se situado entre meados do século XVIII e a década de 20 do século XIX. Em sessão da Mesa de 12 de Fevereiro de 1841 foi deliberado que se tornasse a estabelecer o Hospital para curativo dos Irmãos pobres e doentes e, de facto, nos Estatutos da Irmandade de 1871 ainda há referência à existência do mesmo, apesar de não se conhecer documentação deste período. A partir do século XX, a menção ao Hospital parece desaparecer da documentação e dos documentos regulamentares da Irmandade.
Esta secção engloba toda a documentação que se relaciona com a gestão administrativa e financeira do Hospital e com os irmãos doentes que se recolheram no mesmo, nomeadamente: registo de entradas e óbitos; receitas prescritas pelos médicos; recibos dos enfermeiros, dos médicos e dos cirurgiões; despesa da enfermaria e uma série documental relativa ao fundo do Hospital. Engloba ainda um inventário, que contempla a descrição do altar da enfermaria, sacristia, casa da enfermaria, roupa de cama, serviço de mesa e cozinha, assim como alfaias diversas.
Entidade detentora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Livros de caixa da administração do Hospital da Irmandade dos Clérigos do Porto. Da parte da receita, registam a entrada de dinheiro proveniente de esmolas, pensões e hipotecas de casas, assim como juros de dinheiro emprestado e dividendos de acções. Estas receitas encontram-se carregadas na administração da caixa do hospital, que inclui igualmente as despesas com o mesmo. Da parte da despesa, esta documentação regista gastos e despesas com itens do quotidiano, assim como com os ordenados dos enfermeiros, médicos e cirurgiões, gastos com a botica, pagamento a vigários para assistirem enfermos, esmolas de socorro a clérigos doentes assistidos em suas casas, caixões para sepulturas, entre outros.
Os róis de receita e despesa, organizados por anos económicos, contêm o nome do Secretário em funções, a data de entrada e saída de dinheiro, a descrição da proveniência da receita e despesa, a quantia respectiva e a aprovação da conta pelos membros da Mesa da Irmandade. No caso da receita, remetem para os fólios do mesmo livro onde se encontram registadas as entradas de dinheiro.
Avaliação, seleção e eliminação
Incorporações
Sistema de arranjo
Série documental ordenada cronologicamente.
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Sistema de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Série documental em estado de conservação regular.
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Zona das notas
Nota
Título construído com base nos títulos e conteúdos dos documentos que constituem esta série documental.