Referências às rendas anuais que a Irmandade deveria receber: da Fazenda Real f. 1-16 (1806-02-26 - 1816-11-04); dos inquilinos de casas e foros, da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba pelo capital de acções que a Irmandade possuía, das religiosas de Odivelas do dinheiro a juro que lhes foi emprestado, de outros particulares de dívidas de dinheiro a juro ou de dívidas dos seus herdeiros e das religiosas do Mosteiro de Nossa Senhora dos Remédios, Trinas de Campolide, entre outros. A relação dos bens surge do lado esquerdo da folha e à direita faz-se o assento da conta corrente com os devedores. O registo da conta corrente iniciara-se no livro de Contas Correntes (ver série ref.ª PT-INSE-ISSIE/GF/11), tendo sido abandonado, transpondo-se para este livro do Tombo os assentos já realizados. A partir da folha 31 faz-se o arrolamento das peças de prata entregues por ordem do Governo: “Lisboa 12 de Junho 1808 Pello docum.to 30 que me foi presente e serve de titullo de despesa de 88$800 L.da em conta do thezoureiro Miguel Joze Roiz no seu L.º fl. 17 consta a ordem do Governo para a entrega das Pratas das Igrejas e Irmandades o conhecimento de entrega pelo nosso Irmão Procurador da Mesa M.el Fran.co da Cruz de trezentos e dez marcos de prata, e uma relação assinada pello procurador das pessas entregues a saber” e segue-se a lista das peças entregues, assinada pelo Escrivão. Contém ainda o acerto de contas com os herdeiros do antigo Tesoureiro da Irmandade Francisco António Colffs (fl. 64 e 70 a 72) e o acerto de contas com o testamenteiro de Faustino José Mata, que tinha sido Andador da Irmandade (ver também série com a ref.ª PT-INSE-ISSIE/GF/06) (fl. 65 a 67). Possui dois índices: um com os títulos dos bens e rendas organizado sequencialmente, como aparecem no livro e outro alfabético pelos nomes dos devedores, indicando também o tipo de bens e rendas e o número de folha do livro onde constam os assentos respectivos.
7 processos relativos às propriedades da Irmandade do Santíssimo Sacramento localizadas na Rua da Atalaia e Rua da Cruz, documentos referentes às testamentarias de Marcos da Silva e sua esposa Maria da Conceição, Maria Nunes da Silva, Nicolau Pereira e do Padre Pascoal da Costa, documentos sobre a questão entre a Irmandade do Santíssimo Sacramento e os capelães da Igreja, outros sobre as missas devidas pelas capelas instituídas e ainda escritura de contrato da obra da teia para a Igreja.
9 processos com documentos diversos relativos às testamentarias de Filipe de Santiago Ribeiro, Francisco Ramos de Miranda, Francisco de Sequeira e sua esposa Maria Barbosa, o Beneficiado Paulo de Bem Salinas e seu irmão Luís Salinas de Oliveira, Teresa de Jesus Aurélia, Padre Manuel de Sousa Caldeira, António Alves, Joaquina Inácia de Oliveira e Pascoal Gomes.
12 processos relativos ao cumprimento das obrigações das capelas e outros legados pios e documentos vários respeitantes à administração das testamentarias de diversos beneméritos: Condessa de Pontével (incluindo a instituição de capelas, trasladação dos ossos, fundação da Igreja e criação da nova Freguesia de Nossa Senhora da Encarnação), D. Antónia Francisca de Mendonça, D. Ana de Vilhena, António Soares de Sequeira e sua esposa D. Margarida Josefa de Freitas, Diogo Correia, Diogo de Sousa Barreto e sua esposa Madalena Maria, Domingos Lopes Coelho e sua esposa D. Joana Maria da Silva e Estevão da Silva.
27 processos relativos a diversos assuntos, como sejam: denúncias dos bens pertencentes às Irmandades do Santíssimo Sacramento; questões entre o reitor da Igreja e a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Freguesia da Encarnação; avaliação de peças de ouro e prata existentes na Igreja; propriedades de casas da Irmandade na Rua Larga de São Roque, Rua da Atalaia e Rua da Cordoaria Nova e terrenos junto da Igreja, na Rua do Alecrim; isenção da décima dos juros do Padrão do Senado da Câmara; relação dos bens e títulos da Irmandade; paramentos que pertenciam ao Convento da Boa Morte; imagem de Nossa Senhora da Encarnação; legado de cera à Irmandade e certidões do preço da cera; Bula da Colecta e mercês e privilégios requeridos e concedidos à Irmandade do Santíssimo Sacramento.
Certidão dos Autos da Conta do testamento de Francisco de Sequeira de que dá conta sua mulher, Maria Barbosa e o testamento de mão comum, datado de 1720-12-30. Testadores: Maria Barbosa e seu marido Francisco de Sequeira.
Transcrição do Acórdão celebrado a 29 de Abril de 1748, entre a Mesa da Irmandade do Santíssimo Sacramento e a viúva do irmão Nicolau Pereira, D. Teresa dos Reis, em que se aceitava a administração e provimento de quatro Capelas instituídas no seu testamento por Nicolau Pereira nos f. 1 a 3. Inclui ainda os termos de provimento dos capelães e o termo de aceitação da serventia de uma das capelas f. 11-12. Apresenta a receita e despesa relativas às capelas instituídas f. 27-38, respeitantes aos anos de 1748/1749: receita f. 27-28, despesa f. 29-31, resumo da receita e despesa f. 31 v.º e o encerramento f. 32; e de 1749/1750 - receita f. 34-37, despesa f. 37 v.º-38 e o resumo da receita e despesa f. 38 v.º. Testador: Nicolau Pereira. Escrivão: António Rodrigues; Mateus Francisco Padrão.
Termos de posse do Conselho de Definição e termos de posse da Mesa e de cada um dos mesários, individualmente. Possui termos de abertura e encerramento. Escrivão: Carlos Augusto Oliveira.
Termos de eleições dos irmãos que serão eleitores, seguidos dos termos de eleições dos membros da Mesa e mais oficiais: juiz, escrivão, tesoureiro, procurador da Mesa, procurador-geral, mordomos e conselheiros e os respectivos termos de posse. Este livro termina com a extinção da Mesa da Irmandade e com a nomeação da Comissão Administrativa, nomeada pelo Alvará do Governo Civil de Lisboa datado de 9 de Março de 1911. Possui termos de abertura e encerramento. Tesoureiro: Joaquim Pedro Parente; Fernando Tomás de Brito; Epifânio Torcato Maciel; outros. Escrivão: Marcelino Fernandes da Cruz.
Termo de admissão de 1885-04-19: «(…) anuindo de bom grado ao convite que a referida meza lhe fizera permittia a inscripção do Seu Real Nome, como Irmão d'esta Irmandade, e por isso foi lavrado o prezente termo, que vae ser assignado por Sua Alteza Real, e por Daniel João Gonçalves, primeiro escrivão da meza d'esta Irmandade». Assinam o príncipe D. Carlos e o 1.º escrivão. Segue-se a transcrição do extracto da Acta da Sessão extraordinária da Assembleia-geral da Irmandade, datada de 1885-04-26, que respeita à nomeação do príncipe D. Carlos, Duque de Bragança, como juiz honorário perpétuo, sob proposta do juiz, que foi aprovada na referida Assembleia-geral, por unanimidade. Está assinada por todos os irmãos presentes na referida sessão. Apresenta ainda a cópia do ofício dirigido ao príncipe, que acompanhou a entrega da carta patente de irmão e em que se participa a sua nomeação como "Juiz Honorário Perpétuo da Irmandade", datado de 1885-04-27. Possui termos de abertura e encerramento. Juiz: Francisco Ribeiro da Cunha. Primeiro Escrivão: Daniel João Gonçalves.
Apresenta, na página da esquerda, a despesa realizada e, na página direita, a receita, indicando o ano, mês e dia, a descrição da despesa / receita e a quantia gasta / recebida com o subtotal em cada página e a quantia total em cada ano. A despesa feita com a Imagem incluía a sua execução, tendo sido esculpida por Pedro Maria Silva e encarnada por Caetano José Pedroso, além de outras despesas como a construção da urna, pinturas, ornamentos e conservação. As receitas da Imagem provinham do mealheiro respectivo.
Registos organizados por ano económico, uma folha por ano. À esquerda: a receita com as várias rúbricas, saldo do ano anterior e saldo restante do ano. À direita: a receita com as várias rúbricas, saldo da receita que passa para o ano económico seguinte. Encerramento da conta no final de cada ano económico. Possui termos de abertura e encerramento. Tesoureiro: João Baptista Teixeira; Martins José Coelho. Escrivão: José Joaquim Barata Correia.
Apresenta o título seguinte, no cimo da folha inicial da conta anual: “Conta Geral de toda a receita e despesa da Irmandade de S. Miguel e Almas erecta na Freguesia de Nossa Senhora da Encarnação classificada pelas suas differentes espécies”. O Registo da Conta apresenta a Receita no lado esquerda e a Despesa no lado direito da folha, com a descriminação das verbas e quantias à frente e total da receita / despesa no final da página e saldo final também no final da página direita. A seguir a cada conta procede-se ao encerramento com o ajuste de contas realizado pela Mesa da Irmandade. No final tem a data da sessão do Conselho de Distrito que aprova as contas respectivas. Possui termos de abertura e encerramento.
Relatório da entrega dos bens, pela Mesa da Irmandade do Santíssimo Sacramento dissolvida, à Comissão Administrativa, com base no Inventário de 1857-08-18 (36 f.), entre 1859-01-16 e 1859-04-24: entrega do cofre, títulos, pratas, paramentos, alfaias e mobiliário.
Relação dos irmãos da Irmandade de S. Miguel e Almas, indicando o número do irmão na lista, as folhas referentes aos livros de Admissão na Irmandade e das Presidências respectivas, nome, morada e um campo de observações (falecimento e data, sufrágios, dívida, mudança de residência, falecimento da esposa, data ou habilitação da viúva de irmão falecido, etc.). Existem duas listas, uma com assentos entre 1826 e 1866 (f. 1 a 5) e outra de 1867 em diante (f. 6 a 15).