Apresenta o título seguinte, no cimo da folha inicial da conta anual: “Conta Geral de toda a receita e despesa da Irmandade de S. Miguel e Almas erecta na Freguesia de Nossa Senhora da Encarnação classificada pelas suas differentes espécies”. O Registo da Conta apresenta a Receita no lado esquerda e a Despesa no lado direito da folha, com a descriminação das verbas e quantias à frente e total da receita / despesa no final da página e saldo final também no final da página direita. A seguir a cada conta procede-se ao encerramento com o ajuste de contas realizado pela Mesa da Irmandade. No final tem a data da sessão do Conselho de Distrito que aprova as contas respectivas. Possui termos de abertura e encerramento.
Relação dos irmãos da Irmandade de S. Miguel e Almas, indicando o número do irmão na lista, as folhas referentes aos livros de Admissão na Irmandade e das Presidências respectivas, nome, morada e um campo de observações (falecimento e data, sufrágios, dívida, mudança de residência, falecimento da esposa, data ou habilitação da viúva de irmão falecido, etc.). Existem duas listas, uma com assentos entre 1826 e 1866 (f. 1 a 5) e outra de 1867 em diante (f. 6 a 15).
Pautas com relação de irmãos, em que se indica o número de irmão, o nome, a morada e mais alguns elementos como por exemplo: se é filho ou outro parente de outro irmão, se faleceu, se é pobre, se pagou ou não as quotas, novas moradas, etc. No primeiro conjunto tem ainda uma relação com o registo das irmãs e das viúvas dos irmãos com o mesmo tipo de informação. No segundo documento faz-se ainda referência aos livros de entrada e de presidência.
Duas relações com títulos diferentes e conteúdos semelhantes: uma primeira relação, com o título (igual ao título inscrito no rosto): «Relação dos Irmãos da Irmandade do Archanjo S. Miguel e Almas Erecta na Parochial Igreja de N. S. da Encarnação» (f. 1-4) e uma segunda relação, com o título: «Relação das viuvas dos Irmãos e mesmo Irmãs da Irmandade do Archanjo S. Miguel e Almas da Freguesia de N. S. da Encarnação» (f. 6). Em ambas se indicam o nome e morada do irmão e no campo de observações se faleceu, se é pobre, não quer pagar, entre outras e na segunda relação apresenta, além daqueles elementos o nome da irmã viúva de irmão ou irmã por si mesma, da Irmandade de S. Miguel e Almas.
Copiador de ordens de pagamento pagas pelo Tesoureiro a diversas pessoas como ao padre capelão, Andador, ao Procurador da Mesa, a irmãos pobres, ao fornecedor da cera, entre outros, indicando: local e data no cabeçalho de cada página, o número da ordem de pagamento, à esquerda, o descritivo da ordem, em que se indica a quem foi pago e a que se destinava o pagamento e o valor da ordem, à direita. Tem um termo de encerramento anual, em que se inscreve a quantia total gasta, assinado pelo Primeiro Secretário da Irmandade. Possui termos de abertura e encerramento.
Conjunto de recibos com datas entre 1862 e 1867 que, segundo a nota na capa do maço, foram considerados incobráveis.
Colecção de recibos com datas entre 1829 e 1869 que, segundo a nota na capa do maço, não tinham sido cobrados pelo Andador.
Colecção de recibos de anuais de irmãos e de jóias pagos pelos membros da Mesa quando iniciam os cargos para os quais são escolhidos. Indica o nome do irmão, a quantia a ser paga, o anual a que diz respeito, a data e é assinado pelo Tesoureiro. Existe um pequeno conjunto que se encontrou envolto numa manga que diz: “Recibos que se julgam incobráveis”, alguns com anotação nas costas a dizer “Não pagou” ou “Não quis pagar”. Existe ainda outro conjunto de recibos unidos e cosidos com linha com uma anotação por cima que tem a indicação de “anuais atrazados em 31 de Julho de 1869”.
Livro de partidas dobradas Deve/Haver. Indica-se a data, descritivo da receita, referência ao Livro Caixa (folha e número) e o valor recebido.
Para o Cofre dos Pobres era canalizada parte da receita obtida com a entrada de novos irmãos (Compromisso, Cap.1.º, §4.º - que determinava a quantia de 240 réis.) e da receita obtida de parte da jóia paga por cada um dos irmãos mesários (Idem, Cap.13.º, §1.º). Em relação a cada referência de receita ou despesa apresenta a data, o descritivo da receita ou da despesa, a referência ao Livro Caixa (folha e número) e o valor recebido ou despendido.
Livro Caixa até 1843, com registos de receita e despesa. Os registos constam de data (ano, mês e dia), descritivo da receita / despesa e colunas de valores em papel, metal e total. As folhas estão encabeçadas pelo título: Caixa da Irmandade de São Miguel e Almas. A partir de 1844 começa novo tipo de registo, com a receita e a despesa classificada pelas suas diferentes “espécies” ou verbas. Tem termo de aprovação das contas no final de cada ano. Tem Auto de Conta da Irmandade (f. 61 v.º-62), segundo as Instruções e modelo apresentados em 8 de Agosto de 1838 e 12 de Novembro de 1843. Contém as contas de receita e despesa da Irmandade de S. Miguel e Almas de 1826 a 1859. A conta de 1859 tem o termo de aprovação datado de 1860-04-15, seguido do Auto de tomada de contas pelo Administrador do Bairro Alto datado de 1863-03-11 e o Acórdão do Conselho de Distrito, assinado pelo Governador Civil e membros do Conselho, em 1863-05-05 (f. 91). Possui dois termos de abertura, um assinado pelo juiz da Irmandade António Mazziotti, datado de 1826-03-08 e outro pelo Administrador do Bairro Alto, datado de 1842-09-17. Os fólios são também numerados e rubricados duas vezes pelos mencionados acima, com numerações diferentes (respectivamente 94 e 97 folhas). Tesoureiros: Simão José de Oliveira (1826-1832); António Mazziotti Júnior (1832-1843); Manuel Joaquim dos Santos (1843).
Segue o mesmo modelo do livro anterior, definido segundo as Instruções do Governo Civil de 1859, apresentando os assentos cronologicamente, com a receita e despesa separadas, sendo a receita lançada na página da esquerda e a despesa na página da direita, a data surge em coluna do lado esquerdo, a descrição da receita ou da despesa na coluna ao centro e as quantias recebidas ou pagas na coluna à direita. Cada assento da receita lançado é assinado pelo Tesoureiro e pelo Secretário da Irmandade e cada assento da despesa é assinado apenas pelo Secretário. No fim de cada ano económico apresenta o encerramento das contas aprovadas pela Mesa da Irmandade. O Livro Diário deixa de ter de ser apresentado para aprovação das contas pelo Conselho de Distrito. Possui termos de abertura e encerramento.
Segue o modelo de "Livro Diário" segundo as Instruções do Governo Civil de 1859, apresentando os assentos cronologicamente mas neste com a receita e despesa separadas, a receita lançada na página da esquerda e a despesa na página da direita; a data surge em coluna do lado esquerdo; a descrição da receita ou da despesa na coluna ao centro e as quantias recebidas ou pagas na coluna à direita. Cada assento da receita lançado é assinado pelo Tesoureiro e pelo Secretário da Irmandade e cada assento da despesa é assinado apenas pelo Secretário. No final de cada ano económico regista-se o termo de encerramento das contas da receita e despesa pela Mesa da Irmandade, com referência às quantias totais de receita, despesa e o saldo respectivo e aprovação das contas pelo Conselho de Distrito de Lisboa. Possui termos de abertura e encerramento.
24 maços de documentos de receita e despesa: Maço 1 - 42 doc. de 1826 (1826-03-08 - 1827-01-04); Maço 2 - 90 doc. de 1827 a 1829 (1827-02-02 - 1829-12-31); Maço 3 - 33 doc. de 1830 (1830-01-25 - 1830-12-31); Maço 4 - 29 doc. de 1831 (1831-01-03 - 1831-12-31); Maço 5 - 60 doc. de 1832 e 1833 (1832-01-01 - 1834-03-20); Maço 6 - 26 doc. de 1834 (1834-01-01 - 1834-11-11); Maço 7 - 28 doc. de 1835 (1835-01-31 - 1835-12-31); Maço 8 - 26 doc. de 1836 (1836-01-21 - 1836-12-31); Maço 9 - 31 doc. de 1837 (1837-01-10 - 1837-12-31); Maço 10 - 44 doc. de 1838 e 1839 (1838-01-31 - 1839-12-31); Maço 11 - 21 doc. de 1840 (1840-01-17 - 1840-12-31); Maço 12 - 30 doc. de 1841 (1841-01-31 - 1841-12-31); Maço 13 - 31 doc. de 1842 (1842-01-31 - 1842-12-31) e em anexo o Orçamento da receita e despesa para o ano de 1846; Maço 14 - 36 doc. de 1843 (1843-02-01 - 1843-12-31) e em anexo o Orçamento da receita e despesa para o ano de 1843 a 1844; Maço 15 - 165 doc. de 1844 a 1846 (1844-01-31 - 1846-12-31); Maço 16 - 62 doc. soltos de 1845 a 1852 (1845-05-05 - 1852-05-24); Maço 17 - 84 doc. de 1847 a 1849 (1847-01-31 - 1849-06-30); Maço 18 - 81 doc. de 1851 a 1853 (1851-01-31 - 1853-12-31); Maço 19 - 58 doc. de 1854 a 1856 (1854-02-25 - 1856-12-31); Maço 20 - 42 doc. de 1857 a 1859 (1857-11-26 - 1859-12-16); Maço 21 - 59 doc. de 1860 e 1860/61 (1860-04-17 - 1861-06-30); Maço 22 - 78 doc. de 1861/62 a 1862/63 (1861-08-05 - 1863-06-30); Maço 23 - 41 doc. de 1863/64 (1863-07-31 - 1864-07-20); Maço 24 - 200 doc. de 1864 a 1879 (1864-07-31 - 1879-11-30).
Registo dos pagamentos anuais efectuados pelos irmãos, servindo para se apurar se os irmãos estavam na posse dos seus direitos ou se se encontravam devedores à Irmandade.
Apresenta o registo de cada irmão em página autónoma, indicando geralmente: nome, estado civil, data de entrada, morada e quantia anual a pagar. No resto da página possui uma quadrícula com os anos, onde era assinalado o pagamento e a quantia paga.