Zona de identificação
Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
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Datas de existência
Histórico
Francisco Lino Neto (1918-1997), filho de António Lino Neto, foi um dos protagonistas do militantismo católico, que, a partir dos anos 50, se posicionou em confronto com o regime do Estado Novo. Destacou-se como engenheiro eletrotécnico no quadro do Metropolitano de Lisboa. Militante católico da Juventude Universitária Católica, foi apoiante de Humberto Delgado às eleições presidenciais de 1958 e eleito deputado em 1976 pelo PS, pelo círculo Lisboa, para a I Legislatura da Assembleia da República. Na afirmação de um catolicismo ”consciente”, Francisco Lino Neto, assumiu uma postura de intervenção a partir de 1958, no contexto das eleições para a Presidência da República. Passou, então, a liderar a chamada “oposição católica” como redator e subscritor de documentos públicos, iniciativas que o levariam a ser vigiado pela PIDE e mesmo preso em outubro de 1958. Dos documentos referenciados, destacam-se a carta ao jornal “Novidades”, de 19 de maio de 1958, denunciando o apoio do jornal ao candidato do regime, o texto, em forma de entrevista, intitulado “Considerações dum católico sobre o período eleitoral”, cortado pela censura, e publicado em folheto de edição anónima, em junho de 1958. Em fevereiro de 1959, escreve o texto introdutório de um abaixo-assinado “As relações entre a Igreja e o Estado e a liberdade dos católicos”, e em março de 1959 uma carta a António de Oliveira Salazar sobre os serviços de repressão do regime, que viria a circular como folheto impresso. Apresentou-se como candidato católico nas eleições de 1961, e em 1965 integrou o Movimento Cristão de Ação Democrática. Em 1969, é candidato independente nas listas da CDE de Santarém, às eleições para a Assembleia Nacional. Redige um documento sobre “A questão ultramarina: sugestões para uma perspetiva de solução”, onde sugere a necessidade da paz imediata.