Filho de Vicente Luís Gomes (1861-1934) e de Amélia Augusta Vaz Monteiro Gomes (1859-1951), António Vaz Monteiro Gomes nasceu na freguesia de São Mamede (Lisboa) a 16 de outubro de 1887.
Do casamento com Hermínia Celeste Cinatti Monteiro Gomes nasceu o filho Ruy Cinatti.
Voltou a casar, primeiro com Flora Stern, tendo nascido Amélia Vaz Monteiro Gomes e, posteriormente, com Mary Clarissa Gwendolim Broadley.
Faleceu a 2 de janeiro de 1958.
Filha de Jaime Batalha Reis e de Celeste Cinatti Batalha Reis, Beatriz Cinatti Batalha Reis nasceu em Newcastle in Tyne, a 19 de fevereiro de 1889.
D. António de Castro nasceu a 12 de fevereiro de 1686 e faleceu, em Pangim, a 25 de fevereiro de 1749, tendo sido sepultado no Convento da Madre de Deus. Filho de D. Francisco de Castro, senhor da aldeia de Dandá, e de D. Ana Coutinho, desempenhou importantes cargos políticos e militares. Participou em várias expedições contra os maratas, nomeadamente contra o Rei Cole (Mahim Quelme). Foi soldado do capitão António Cardim Fróis, capitão de infantaria (Baçaim, 1710), comandante da Companhia Volante de Naturais (c. 1711), capitão da Companhia do Terço de Baçaim (1711), cabo da Pala de Guerra Nossa Senhora do Loreto (1711), capitão-de-mar-e-guerra da Pala Nova Madre de Deus e Santo António (1716), capitão-mor de Bela Flor de Sabajo (1719-1722), capitão-mor dos rios e embarcações de guerra da Província do Norte (1725), capitão-mor da Ilha de Salcete (1734), sargento-mor de batalha na Fortaleza de Rachol (1739), comandante do Forte do Mangueiral (1737) e capitão da Cidade de Goa (1740-1743). Moço fidalgo da Casa Real, desempenhou também o cargo de governador e capitão da Cidade de Damão (1744-1745), onde encarou vários problemas de reabastecimento devido à proximidade com o inimigo Marata. É com D. António de Castro e sua mulher, D. Maria Luísa de Toledo e Castro que se inicia o Sistema de Informação da Família Castro/Nova Goa. Embora existam algumas referências a elementos anteriores, a documentação do Arquivo apenas inicia nesta geração. D. António de Castro casou com D. Maria Luísa de Toledo e Castro em data desconhecida. Tiveram dois filhos: D. Ana Francisca (secção 02. do subsistema Almeida Pimentel) de Toledo e Castro e D. Rodrigo de Castro. Foi através deste casamento que os Castro se ligaram aos Sequeira e Abreu, adquirindo os vínculos pertencentes aos últimos.
D. Francisco Xavier de Castro nasceu em Pangim, tendo sido batizado em 26 de julho de 1778, e aí faleceu, aos 67 anos. Foi moço fidalgo, fidalgo escudeiro e fidalgo cavaleiro da Casa Real (1767), bem como irmão da Santa Casa da Misericórdia de Goa (1778) e cavaleiro da Ordem de Cristo (1804). Dos cargos desempenhados, destacam-se: capitão-tenente da Coroa na Marinha da Praça de Diu (1770) e na Cidade de Goa (1771), coronel com exercício de ajudante-general junto do governador da Índia (1779), governador e capitão-general de Macau (1780-1783), capitão-de-mar-e-guerra da Coroa (1795), comandante do Corpo da Marinha Real de Goa (1795), presidente do Senado de Goa num período de dez anos (1798, 1801, 1803, 1805, 1806 e 1807), chefe de divisão da Marinha de Goa (1799) e chefe de esquadra (1818). Foi com o seu nascimento que o morgado da Beselga ficou definitivamente nas mãos dos Castro. No início de 1800, o Dr. Inácio Tamagnini de Abreu propôs-lhe comprar a quinta mas o negócio nunca foi avante e a propriedade continua em posse da família. Fora do casamento, teve dois filhos em Macau: D. Francisco de Castro (c. 1782) e D. Francisco de Castro. D. Francisco Xavier de Castro casou em primeiras núpcias com sua prima D. Inácia Rosa de Mello, filha de João Manuel de Mello e de D. Páscoa Flor de Mello, desconhecendo-se a data do casamento ou qualquer elemento biográfico da mulher. Tiveram quatro filhos: D. João (f. r./n. em Pangim, 1770-06-18), D. Maria Rosa Luísa de Castro e Almeida (b. em Pangim, 1771-09-08, f. 1799-09-04), D. Ana Francisca de Castro (b. em Pangim, 1773-09-05, f. 1798-10-21) e uma outra filha sem nome, nascida em Pangim a 1775-12-09 e falecida recém-nascida. A seguir a esta filha, faleceu também D. Inácia Rosa de Mello. Este casamento possibilitou a ligação dos Castro com os Mello, dos quais existem alguns documentos no Arquivo. D. Francisco Xavier de Castro casou, em segundas núpcias com D. Ana Rita Maria Josefa, a 10 de fevereiro de 1778. Foi através deste casamento que entraram na família Castro grande parte dos vínculos e propriedades pertencentes aos antepassados de D. Ana Rita: Silveira e Menezes, Almeida Pimentel e Melo e Castro (Monserrate). Tiveram dois filhos: D. António de Castro (n. Pangim, 1779-08-07) e D. José Maria de Castro e Almeida Pimentel de Sequeira e Abreu.
D. Francisco de Castro é filho de D. Francisco Xavier de Castro e de D. Genoveva de Jesus, natural de Macau. No ACNG, existe uma sentença de justificação da sua ascendência (1711-04-26). Foi legitimado, por seu requerimento, em 1830-03-22. É, portanto, meio-irmão de D. José Maria.
D. Rodrigo foi um dos elementos da família que mais relevo teve na história da presença portuguesa no Oriente. Moço fidalgo, fidalgo escudeiro e fidalgo cavaleiro da Casa Real (1746) e cavaleiro da Ordem de Cristo (1752), foi tenente-general dos Rios de Sena, em Moçambique (1745-1748) e nomeado três vezes para governador e capitão-general de Macau (1752-1755, 1770-1771 e 1774). Por ter falecido na viagem para Macau, já não chegou a ocupar o cargo pela terceira vez. De todas as funções, para além das já referidas, destacam-se: alferes da companhia da guarnição do presídio de Santa Cruz de Bela Flor (1725), alferes da companhia de infantaria da Província do Norte (1728), capitão da companhia do Terço na Província do Norte (04-04 a 12-06-1730), capitão-tenente de uma das palas da guarnição das Praças do Norte (1731), cabo da 1ª coberta de artilharia e cabo de abordagem (1734), capitão-de-mar-e-guerra da Armada da Guarda Costa do Norte (1736), cabo do Baluarte Cavaleiro (1737-05-19), comandante do Baluarte S. Tiago (1737-08-28), capitão-tenente da pala Santo António e Almas Santas (1738), tenente-general com exercício e soldo de sargento-mor na Praça de Diu (1740), ajudante-general junto do governador da Índia (1743), comandante da bateria de Mandor e seu distrito (1751-02-12), ajudante de campo do Vice-Rei (1751), governador da Praça de Diu (1761 e 1765) e general da província de Bardez e Fortaleza dos Reis Magos (1762). Várias certidões atestam os seus serviços, em especial num contexto de conflitos que culminou com a queda de Baçaim (1739). Por vezes, talvez pela proximidade com D. Luís Caetano de Almeida, D. Rodrigo de Castro e o seu pai são referidos pela negativa, tanto pelos seus contemporâneos como pela historiografia. No entanto, o seu contributo foi indispensável, em especial na construção e reforço das fortificações, na pacificação e na promoção de relações amigáveis com as autoridades locais, contribuindo também para uma melhoria da economia nos lugares onde desempenhou funções. D. Rodrigo de Castro casou com D. Francisca de Almeida Teles de Menezes, de quem não teve descendência. Casou em segundas núpcias com D. Luísa Henriques Pereira de Lacerda, a 22 de julho de 1742. Não houve filhos deste casamento. E, em terceiras núpcias, com D. Maria Rosa de Melo, a 22 de julho de 1743. Deste casamento nasceu D. Francisco Xavier de Castro.
Os Castros descendem, em linha direta, de D. Pedro Fernandes de Castro, o da Guerra (f. junho de 1343, em Algeciras), filho de D. Fernando Rodrigues de Castro e de D. Violante Sanches de Castela. Foi senhor de Monforte de Lemos e mordomo-mor de D. Afonso XI de Castela. Teve descendentes do seu primeiro casamento, com D. Beatriz de Portugal, neta de D. Afonso III, do segundo, com D. Isabel Ponce e, por bastardia, tem filhos de D. Aldonça Lourenço de Valadares. Dos seus filhos bastardos destaca-se D. Inês de Castro (1320/5-1355), rainha póstuma de Portugal. A família aqui representada é descendente do seu segundo casamento. Foi o filho de D. Pedro Fernandes de Portugal, D. Fernando Rodrigues de Castro (f. 1377) que, por bastardia, gerou Álvaro Pires de Castro, responsável pela continuidade de gerações, chegando à atualidade. Quatro gerações depois surge D. Filipe de Castro, filho de D. Rodrigo de Castro, o Ombrinhos, e de D. Ana de Eça e Castro. O destaque deve-se pelo facto de ter sido o primeiro elemento da família Castro a rumar para a Índia, em 1550. Aí, desempenhou as funções de capitão de Damão e foi foreiro da aldeia de Sirigão. A família manteve-se na Índia por dez gerações, desempenhando sempre cargos político-militares de relevo. Tendo-se fixado primeiro em Baçaim e, depois, em Goa, desempenharam funções também em Macau e Moçambique. Foi na Índia que se estabeleceram relações com importantes famílias: os Sequeira e Abreu e os Almeida Pimentel, responsáveis pela entrada na família de numerosos vínculos e por uma ainda maior notoriedade no seio da sociedade portuguesa. O regresso a Portugal ocorreu em 1855, na figura de D. Luís Caetano de Castro e Almeida Pimentel de Sequeira e Abreu. Seria este membro que, pelos serviços dos seus antepassados, receberia o título de Conde de Nova Goa por decreto assinado por D. Luís I (7 de junho de 1864). Mesmo em Portugal, a família continuaria a desenvolver importantes atividades: o 2º Conde, por exemplo, para além de professor de agronomia, foi Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria. O atual conde é o quarto detentor do título: D. Luís Eduardo de Mendia de Castro.
Filha do arquiteto e cen