Conjunto heterogéneo de documentos produzidos, recebidos, recolhidos e acumulados por Guilherme Braga da Cruz no decurso das atividades em que se envolveu ao longo da vida, devidamente enquadrados nas funções que lhes deram origem. Produzidos essencialmente entre Tadim (Braga), terra natal onde residiu até ir frequentar a universidade e refúgio preferido para a composição dos seus trabalhos mais exigentes, e Coimbra, alma mater da Universidade que serviu profissionalmente. Em termos cronológicos, o período de maior produção está compreendido entre o início da década de 1930 e o final da década de 1970.
No que respeita às tipologias documentais, é de ressalvar a profusa correspondência (cartas, cartões, cartões-convite, aerogramas, telegramas, bilhetes-postais, postais, ofícios e fonopostal), os cadernos escolares, cadernos diários, memórias, diários, apontamentos, índices, glossários, listas bibliográficas, sebentas, pontos escritos, lições, sumários de lições, listas, curricula vitae e reproduções de obras.
Da produção intelectual de Guilherme Braga da Cruz existem teses, discursos, relatórios, artigos, exposições, prefácios, notícias e recensões bibliográficas, notícias necrológicas, exposições, anteprojetos, pareceres, estudos críticos, regulamentos e projetos legislativos.
Da documentação impressa publicada contém jornais, recortes de jornal, revistas, brochuras, boletins, panfletos, manifestos, folheto, folhetins, fascículos e pagelas.
Documentação recolhida e produzida por Guilherme Braga da Cruz na qual são feitos registo de memória de aspetos ligados à sua vida pessoal. Contém a notícia do seu batismo, recortes de jornal que fazem memória do seu percurso académico, da sua ascensão profissional e relativos à sua família.
Boletim paroquial da Sé Primaz de Braga que na secção “Noticiário” informa do batizado de Guilherme Braga da Cruz, realizado no dia 17 de junho de 1916.
Recortes de jornal colados em papel, legendados, com a indicação do jornal e data na qual foram publicados, a noticiarem: o doutoramento de Guilherme Braga da Cruz, o seu início de atividade ao serviço da Universidade de Coimbra, o casamento da sua irmã, Maria Helena Garcia Braga da Cruz com Francisco Carlos de Azeredo, a morte dos seus tios António de Sousa Gomes e Josefina de Sousa Gomes, e a sua condecoração com a comenda e placa de Afonso-o-Sábio. Inclui também um recorte de uma secção de crónica a fazer referência à obra “Algumas considerações sobre a perfilatio”, de Guilherme Braga da Cruz.
Jornais nos quais Guilherme Braga da Cruz publicou artigos da sua autoria. No Correio de Coimbra: "Património familiar" (13 de março de 1943), "Significado das Comemorações" (1 de março de 1951), "Universidade Católica" (22 de janeiro de 1954), entrevista "O problema do regime matrimonial de bens supletivo da reforma do Código Civil" (7 de novembro de 1957) e "O casamento: contrato e sacramento" (16 de janeiro de 1964). No Legião em Marcha: "Princípios e realidades" (25 de março de 1954). Na Via Latina: "O Centro Universitário da Mocidade Portuguesa" (18 de março de 1944). No Centro: "Cada prova efectuada foi uma lição de lealdade e de desportivismo" (1950). No Jornal da Mata de Lobos: "Visita pastoral" (20 de maio de 1951). Na Voz: "Depoimentos" (29 de janeiro de 1952). No Beira Litoral: "Universidade Católica" (26 de dezembro de 1953) e "Princípios e realidades" (14 de abril de 1954). No Encontro: "Universidade" (fevereiro de 1959) e "O problema da Universidade" (fevereiro de 1962). No Correio do Vouga: "Servo fiel e prudente" (24 de fevereiro de 1962) e "Hora de júbilo" (22 de dezembro de 1962).
Recortes de jornal acerca da morte da madre Maria Carolina de Sousa Gomes, tia de Guilherme Braga da Cruz e fundadora das Criaditas dos Pobres, e um telegrama de condolências de Torquato de Sousa Soares e filhas.
Fotocópia do jornal "Notícias de Guimarães" onde Domingos Azevedo Gomes publicou um soneto intitulado "Portugal Eterno!...", dedicado a Guilherme Braga da Cruz.
Aerogramas, bilhetes-cartas, bilhetes-postais, cartas, cartões, ofícios e telegramas recebidos por Guilherme Braga da Cruz e cópia de correspondência expedida por este, de carácter geral. Embora “geral”, esta documentação epistolar produzida por Guilherme Braga da Cruz é transversal a todas as áreas de atividade por ele desenvolvidas, desde os campos estudantil, docente, académico, científico, jurídico, empresarial, político, religioso ao de lazer. Além disso, contém abundante correspondência com familiares e amigos íntimos, onde perpassam assuntos de carácter pessoal, praticamente inexistente na restante documentação do arquivo.
(Coimbra) Manifestação de júbilo pela sua admissão à Faculdade de Direito.
(Mata de Lobos) Revisão do ano letivo que findou e preparação do ano que se aproxima.
(Lisboa) Consideração acerca dos critérios de avaliação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra que o fazem ponderar mudar-se para Lisboa. Timbre: "Hotel Tivoli Lisboa".
(Coimbra) Manifestação de confiança na certeza de que o filho cumprirá sempre o seu dever, como o tem feito, o que decorre da formação que seu pai lhe garantiu.
(Seixoso) Informa que, por razões de saúde, só poderá garantir a avaliação das dissertações de alunos do 5º ano que escolheram temas de história, e que lhe devem ser entregues até finais de junho. Timbre: "Estância do Seixoso".
(Braga) Admoestação para as consequências de julgamentos precipitados e conselho para "manter o equilíbrio moral" em que foi criado. Timbre: "José Maria Braga da Cruz. Advogado e Notário".
(Coimbra) Felicitações pelo "triunfo" da sua carreira académica.