Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1943-04-[?] - 1971-01-13 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
16 docs.; papel.
Zona do contexto
Nome do produtor
História biográfica
Nascida em 1943, filha de Luiz de Oliveira Marques e Susan Lowndes Marques, católica e feminista, casou com António Pedro Vicente e foi mãe de dois filhos. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade de Lisboa, tendo sido membro da Ação Católica Portuguesa e da Cooperativa Pragma, da qual foi dirigente. No início da sua carreira profissional foi professora e tradutora, sendo que após o 25 de abril de 1974 entrou para a administração pública portuguesa, tendo trabalhado na Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, da qual foi presidente entre 1992-1996. Foi secretária executiva do Programa Nacional de Combate à Droga, Projeto VIDA. Trabalhou nos gabinetes ministeriais de Maria de Lourdes Pintasilgo e de Maria Leonor Beleza. Foi consultora do Fundo das Nações Unidas para a População, tendo trabalhado em programas de saúde reprodutiva com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Em 1998 aposentou-se. Depois de retirada da vida profissional ativa, integrou o grupo CID – Crianças, Idosos, Deficientes, Cidadania, Instituições, Direitos, cujo objetivo era garantir a qualidade de acolhimento institucional desses três grupos. Foi membro do Fórum de Educação para a Cidadania e membro fundador da Associação de Lares Familiares para Crianças e Jovens «Novo Futuro». É também membro do Movimento Internacional «Nós Somos Igreja», trazido para Portugal em 1997 por si e por Maria João Sande Lemos. Foi membro da Amnistia Internacional e da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres. Para além destas funções mais institucionalizadas, Ana Vicente foi investigadora, oradora em diversas conferências, formadora e autora de livros e artigos. Publicou os seguintes livros: Mulheres em Discurso (1987); Portugal visto pela Espanha, correspondência diplomática 1939-1960, (1992), As Mulheres em Portugal na Transição do Milénio (1998), Os Poderes das Mulheres, os Poderes dos Homens (1998), O Príncipe Real, Luiz Filipe de Bragança, (1887-1908) com António Pedro Vicente (1998), Direitos das Mulheres/Direitos Humanos (1999), As Mulheres Portuguesas vistas por Viajantes Estrangeiros, séc. XVIII, XIX e XX (2000), Arcádia – Notícia de uma Família Anglo-Portuguesa (2006) e Ser Igreja (org. por Ana Vicente e Leonor Xavier), (2007). Também escreveu livros infantis com ilustrações de Madalena Matoso: O H Perdeu uma Perna, Para que serve o Zero?, Onde está o Mi?, Onde acaba o Arco-Íris e Como passa o Tempo?. Faleceu na sua casa do Estoril aos 72 anos, a 19 de abril de 2015, vítima de cancro.
Entidade detentora
História do arquivo
Documentação entregue por Ana Vicente em 28 de julho de 2014, com a intenção de integrar o "centro de recursos" do Centro de Estudos de História Religiosa.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Doação.
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Documentação heterogénea reunida por Ana Vicente. Brochura "Católicos de Portugal!" a alertar para os perigos do comunismo e a exaltar a Alemanha e Hitler, de abril de 1943. Recortes de jornal. Programa da sessão pública sobre problemas da emigração organizada pela PRAGMA em 21 de fevereiro de 1967. Resumo "Problema da Relação Igreja-Estado em Portugal" da reunião do GEDOC. Folhetim "Última hora" acerca do padre José da Felicidade Alves. Cópia manuscrita de um artigo do "Le Monde". "Carta entregue na Presidência do Conselho em 13/01/1971 e assinada pelos membros da CNSPP". Boletim "Direito à Informação". "Exposição feita ao Conselho Paroquial de Santa Maria de Belém e de São Francisco Xavier, em 19 de abril de 1968, pelo pároco padre José da Felicidade Alves". Guião da "Para-liturgia em memória do significado da vida e obra do pastor Dr. Martin Luther King". Carta dirigida pela PRAGMA ao presidente da República Portuguesa. Cópia datilografada da "Carta enviada pelo pároco [padre José Felicidade Alves] aos paroquianos e lida na celebração dominical na Igreja dos Jerónimos", de 5 de março de 1968. Folheto do "Comunicado aos pais" da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, de 20 de janeiro de 1970. Folheto com a "Carta do Dr. Rodrigo de Abreu ao venerando Bispo do Porto", de 8 de novembro de 1958. Folheto com a "Carta do Senhor Bispo do Porto, D. António" dirigida ao presidente do Conselho de Ministros, de 13 de julho de 1958.
Avaliação, seleção e eliminação
Não se verificaram ações intencionais de avaliação, seleção ou eliminação de documentos.
Incorporações
O arquivo está aberto a novos ingressos documentais, desde que diretamente relacionados e produzidos por Ana Vicente. O seu ingresso será feito através de guia de remessa, com a devida contratação por escrito.
Sistema de arranjo
Cronológico.
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Este arquivo possui o estatuto legal de arquivo privado – arquivo reunido por uma entidade privada, com documentação de origem privada. A este tipo de arquivos aplicam-se as disposições que dizem respeito aos direitos de personalidade dos art.ºs 70.º a 81.º do Código Civil (Decreto-Lei n.º 47344/1966, de 25 de novembro - atualizado até à Lei n.º 82/2014 de 30 de dezembro). O n.º 1 do art.º 80 deste diploma determina que “Todos devem guardar reserva quanto à intimidade da vida privada de outrem”. Aos documentos confidenciais ou que se refiram à intimidade da vida privada, e que estejam na posse de terceiros, aplicam-se os preceitos dos art.ºs 71.º e 76.º, pelos quais os documentos só podem ser utilizados e/ou publicados com o consentimento do seu autor, ou, depois da morte deste, pelo “cônjuge sobrevivo ou qualquer descendente, ascendente, irmão, sobrinho ou herdeiro do falecido” (nº 2; art.º. 71º). No caso de documentos não confidenciais, o depositário “só pode usar deles em termos que não contrariem a expectativa do autor” (art.º 78º). Não são aplicáveis as restrições de comunicabilidade impostas no art.º 17º da Lei Geral de Arquivos - Decreto-Lei nº 16/93, de 23 de janeiro.
Condiçoes de reprodução
A reprodução dos documentos, independentemente da técnica utilizada, está sujeita ao estado de conservação dos mesmos e à boa justificação dos fins a que se destina.
Idioma do material
- português
Sistema de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
A documentação encontra-se em estado razoável de conservação. De um modo geral a leitura dos documentos não está comprometida.
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Zona das notas
Identificador(es) alternativo(s)
Pontos de acesso
Pontos de acesso - Assuntos
Pontos de acesso - Locais
Pontos de acesso - Nomes
Pontos de acesso de género
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS – ISAD (G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Estocolmo: Suécia, 19-22 Setembro de 1999. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2ª ed. Lisboa: IAN/TT, 2004. [Em linha]. Disponível em http://arquivos.dglab.gov.pt/wp-content/uploads/sites/16/2013/10/isadg.pdf; DIRECÇÃO GERAL DE ARQUIVOS. PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO PARA A DESCRIÇÃO EM ARQUIVO. GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007. [Em linha]. Disponível em http://arquivos.dglab.gov.pt/wp-content/uploads/sites/16/2013/10/oda1-2-3.pdf.
Estatuto
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
11 de março de 2015
Línguas e escritas
Script(s)
Fontes
Nota do arquivista
Descrição elaborada por Patrícia Matias Pereira.