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Margarida Abreu
MA · Person · 1931-01-16-

Maria Margarida Abreu Teixeira da Costa nasceu em 1931-01-16. Ingressou no Instituto Superior de Serviço Social (ISSS-L) de Lisboa em 1950, onde se formou como assistente social. tendo complementado a sua formação com diversos cursos nesta área. Em 1954 integrou o corpo docente do ISSS-L, A partir de 1963 (até 1970) integrou a direção do Instituto, tendo ainda exercido o cargo de subdiretora para os Assuntos Pedagógicos (1968-1970). Posteriormente desempenhou funções no Ministério da Educação Nacional, participando no Grupo de Estudo para a Reforma do Ensino (1970/71). Na Universidade Católica Portuguesa desempenhou funções diversas donde se destacam as de diretora adjunta dos Serviços Sociais (1981-1997), docente com regência na Licenciatura em Serviço Social (entre 2001/02 e 2005/06) e coordenadora adjunta do Curso de Serviço Social (2002/03).

António Lino Neto
ALN · Person · 1873-1961

Filho de Lino Leitão Neto e de Rosa Marques Correia da Silva, António Lino Neto nasceu na freguesia de Mação, em 30 de Janeiro de 1873. Ingressou no Seminário de Portalegre, onde concluiu o curso de Teologia, prosseguindo depois os estudos na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde terminou, em 1899, a Licenciatura em Direito.
Em 1908 iniciou oficialmente a sua carreira de docente universitário ao tomar posse da cátedra de Economia Política e Direito Administrativo do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa. Depois da reforma do ensino técnico, decretada em 1911, passou a leccionar no Instituto Superior de Comércio de Lisboa (transformado posteriormente no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, integrado na Universidade Técnica de Lisboa) e na Escola Politécnica (futuro Instituto Superior Técnico). Em 1930 foi nomeado director do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras e, entre 1938 e 1943, assumiu o cargo de vice-reitor da Universidade Técnica de Lisboa. Na carreira académica destacam-se, ainda, os cargos de sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa; sócio ordinário da Sociedade de Estudos Pedagógicos; secretário, vice-presidente e presidente da secção de Economia Política da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Como advogado, com escritório em Lisboa (Rua Nova do Almada), prestou aconselhamento jurídico e acompanhou activamente diversos processos judiciais; colaborou com a Associação dos Jurisconsultos Católicos Portugueses e com a Associação dos Advogados de Lisboa. Abandonou oficialmente a carreira em 1941.
Paralelamente à vida académica e à actividade forense, António Lino Neto desempenhou vários cargos públicos: secretário-geral do Governo Civil de Beja (1900), tendo sido transferido, pouco tempo depois, para o mesmo cargo em Portalegre; secretário de uma Comissão do Governo, incumbida de inspeccionar a Companhia Geral do Crédito Predial Português (1910); vogal da Comissão de Reorganização Administrativa da Província de Moçambique (1910); vogal do Conselho do Serviço Técnico Aduaneiro (1911); vereador da Câmara Municipal de Lisboa - pelouro das Subsistências (1917); participou em diversos júris de concursos no Ministério dos Negócios Estrangeiros e na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1910 a 1938).
A partir de 1918 intensifica-se a actividade política e parlamentar de António Lino Neto: como representante do Centro Católico Português, exerceu o cargo de deputado nas Legislaturas III, VI e VII (na primeira, pelo círculo de Portalegre, e nas restante pelo círculo de Braga); em Novembro de 1919 é eleito Presidente do Centro, cargo que ocupa até 1934.
A sua acção destacou-se também em diversos organismos de assistência social e de cooperação profissional: vogal do Conselho Central da Associação Protectora dos Pobres de Portalegre; vogal da Direcção do Montepio-Geral; presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Federação Regional do Sul de Associações de Socorros Mútuos; membro da Comissão de Administração e Gerência do Sanatório de Sant'Ana, na Parede; membro do Conselho de Administração do Hospício da Princesa D. Maria Amélia no Funchal; director da Comissão Nacional da Assistência Religiosa em Campanha; presidente do Instituto Profissional Feminino e da Associação dos Regantes dos Campos de Alvega; vogal presidente da Junta dos Repartidores do Concelho de Portalegre; vogal do Conselho Superior de Previdência Social; vogal do Conselho Superior de Instrução Pública.
Foi autor das seguintes obras: “História dos Juízes Ordinários e da Paz” (Coimbra, 1898); “Princípios novos da ciência criminal” (1899); “Análise e crítica do novo código de posturas do concelho de Abrantes” (1902); “Estudos da Renascença Nacional” (1904); “A Questão Agrária” (Porto, 1908); “A Pátria Portuguesa” (1909); “A questão administrativa: o municipalismo em Portugal” (Lisboa, 1911); “Adam Smith, fundador da Economia Política” (Lisboa, 1936); “A Restauração de 1640, a mocidade portuguesa e o renascimento da pátria”; “O Ribatejo e a sua influência no desenvolvimento do municipalismo e do corporativismo em Portugal” (Lisboa, 1938); “A Indústria dos lacticínios e a questão agrária” (Lisboa, 1939); “O quinhão económico da vida” (Lisboa, 1941); “As funções do trabalho na ordem económica” (Lisboa, 1941).
No que se refere à sua vida pessoal, António Lino Neto casou em 1901 com Maria Matilde da Cruz Antunes de Mendonça (1878-1963) e foi pai de José Francisco Xavier de Mendonça Lino Neto (n. 03/12/1903), Maria Gertrudes Mendonça Lino Neto [Arruda] (n. 11/05/1906), Joaquim Maria de Mendonça Lino Neto (n. 03/11/1906), Maria Teresa de Mendonça Lino Neto (n. 25/08/1908), Maria Isabel de Jesus de Mendonça Lino Neto [Pádua Ramos], António Maria de Mendonça Lino Neto, Francisco de Assis de Mendonça Lino Neto e Maria Matilde de Mendonça Lino Neto [Sampaio Maia].
Foi condecorado pela Santa Sé com a grã-cruz da Ordem de São Gregório Magno, como forma de agradecimento pelos serviços prestados à Igreja Católica.
Faleceu aos 88 anos, a 16 de Novembro de 1961.

Abel Varzim
FAV · Person · 1902-1964

Filho de Adelino da Costa e Silva, proprietário agrícola, e de Adelaide Rosa Varzim da Cunha e Silva, professora primária, Abel Varzim da Cunha e Silva nasceu a 29 de abril de 1902 na Quinta dos Bragas, freguesia de Cristelo, concelho de Barcelos. Em 1912 concluiu a instrução primária, tendo frequentado o Liceu Nacional da Póvoa de Varzim até 1916. Nesse ano entrou no Seminário Menor de Braga e em 1921 no Seminário Conciliar de Braga, onde frequentou o Curso Teológico. Foi ordenado padre em 1925 pelo Arcebispo de Braga, D. Manuel Vieira de Matos.
Por solicitação do Bispo de Beja, D. José do Patrocínio Dias, foi transferido, ainda em 1925, para a Diocese de Beja, sendo colocado no Seminário Menor de Serpa, como professor e prefeito do seminário. Aí lançou a Legião Fulminante para distribuição de revistas e jornais à população e fundou o Agrupamento n.º 38 do Corpo Nacional de Scouts.
Em 1930 deu início ao doutoramento em Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Lovaina, Bélgica. Foi nomeado correspondente do jornal Novidades - diário oficioso da Igreja Católica, publicado em Lisboa - a convite do chefe de redação, Monsenhor Lopes da Cruz, mantendo colunas regulares: Cartas da Bélgica, Acção Católica e Vida Social Católica. A permanência na Bélgica permite-lhe contactar figuras marcantes do universo católico, como Joseph Cardijn, e observar iniciativas do movimento e das organizações católicas de universitários e operários. Após a conclusão da tese de doutoramento, com o título Le Boerenbond Belge. L'oeuvre du relèvement et de la grandeur de la classe agricole d'un pays, em 1934, regressou a Portugal, radicando-se em Lisboa.
Em 1933, com o P. Manuel Rocha, estudante em Lovaina, contribuiu para a conceção e o lançamento da Acção Católica Portuguesa (ACP). A ACP enquanto modelo de mobilização dos católicos, a doutrina social da Igreja, a organização do trabalho e da economia e a situação dos trabalhadores constituíram áreas privilegiadas de atuação de Abel Varzim ao longo dos anos 1930 e 1940.
Em 1934 iniciou funções como chefe de redação do recém-fundado jornal quinzenal O Trabalhador, sob a direção de Manuel d'Anunciada Soares. Em 1946 o jornal seria suspenso, sendo retomada uma 2.ª série em 1948, com periodicidade semanal, sob a direção de António Cerejo. Neste período Abel Varzim, para além de publicar textos com regularidade, era o diretor do Conselho de Redação, o qual era composto também por Edmundo Costa, Carlos Branco e Manuel Alpiarça.
Em 1936 foi nomeado assistente geral da Liga Operária Católica (LOC), para cujo lançamento contribuiu decisivamente. Participou, juntamente com operários cristãos, na Cooperativa Popular de Portugal, entre os anos de 1935 e 1947. Diretor do Secretariado Económico-Social da Acção Católica Portuguesa (1939-1948), exerceu também funções como assistente do Centro de Estudos de Acção Social para Universitários (1941-1945), criado junto da mesma entidade.
Foi professor de Encíclicas Sociais, Encíclicas Familiares e Economia Política no Instituto de Serviço Social de Lisboa (1938-1948). Promoveu, entre outras actividades, um curso intensivo para militantes operários cristãos, em 1940, a Festa do Trabalho, no Porto, em 1941, a I Peregrinação Nacional Operária a Fátima, em 1943. Em 1942 traduziu para português a obra de Louis Colens, A Formação dos Dirigentes de Obras Sociais. Participa na 2.ª Semana Social Portuguesa com uma conferência sobre o trabalho e em 1950 promoveu o I Congresso dos Homens Católicos, em Lisboa.
Nas décadas de 1930 e 1950, Abel Varzim manteve várias participações regulares na imprensa. Escreveu no jornal Novidades uma coluna intitulada Impressões de França (1946). Destacam-se ainda os seus textos no Jornal de Notícias, onde manteve uma coluna regular (1942-1947), na revista Lumen (1937 e 1950), onde, aliás, foi chefe de Redação (1948-1950), e no Boletim Oficial da Acção Católica Portuguesa (1948-1950).
Em 1938 foi eleito deputado à Assembleia Nacional, na lista da União Nacional, sem que, cumprida a legislatura, visse o seu mandato renovado para o período subsequente, em 1942. As suas intervenções, incluindo um aviso prévio da sua autoria e as perguntas ao Governo, focaram a organização corporativa, o trabalho e a atuação do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência sobre os sindicatos. Já na década de 1940 as suas conferências e iniciativas mereceram a atenção da polícia política. A sua atividade política foi retomada no final da década de 1950, com críticas inequívocas ao regime e à relação mantida entre a Igreja e o Estado Novo de Salazar. O manifesto sobre os serviços de repressão do regime valeu-lhe, tal como aos demais signatários, um processo-crime, do qual foi amnistiado.
Em 1951 assumiu funções como pároco da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, ao Chiado, em Lisboa. Nessa zona da capital, a prostituição assumia relevo no quadro das suas preocupações sociais e sucederam-se as iniciativas direcionadas para a reintegração social das mulheres que a ela se dedicavam. Em 1954 esteve envolvido na fundação da Obra de Recuperação de Raparigas do Instituto de Sant'Ana - Casa de Recuperação da Quinta do Bosque (Amadora), assumindo funções como assistente, à semelhança do que sucederia com a Liga Nacional Contra a Prostituição, cujos estatutos foram publicados em 1955. Em 1957 o Estado procedeu à demolição das casas de recuperação de raparigas, com Abel Varzim a transferir as iniciativas que lançara para a cidade do Porto, na Casa de Nossa Senhora – Rainha da Paz. Em outubro desse ano pediu dispensa das funções na paróquia da Encarnação.
Depois de Beja, Bélgica e Lisboa, regressou à sua região de origem. No norte do país, as suas preocupações mantiveram-se em torno de iniciativas de reintegração de prostitutas. Se o associativismo, os sindicatos, o movimento cooperativo e o desenvolvimento eram preocupações de longa data, após as tarefas paroquiais ainda se envolveu no lançamento da Sociedade Avícola do Minho (SAMI).
Faleceu em 20 de agosto de 1964.

Adelaide Ribeirete
AR · Person · 1905-03-22 - 2008-09-05

Frequentou o curso de assistente social no ISSS-L. Criadora dos Bordados de Óbidos. Trabalhou na EDP, no Lactário em Óbidos.

Olga Pinheiro
OP · Person · 1926-

Frequentou durante dois anos o curso de Fisico-Químicas na Faculdade de Ciências, tendo abandonado e ingressado no curso de Assistente Social no Instituto de Serviço Social entre os anos de 1944 e 1948. Trabalhou no Instituto de Assistência à Família entre os anos de 1950 e 1958, no Centro Paroquial da Ajuda - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entre 1958 e 1988, ano em que se reformou. Após a reforma foi voluntária no Centro Social e Paroquial do Campo Grande.

Lurdes Jorge
LJ · Person · 1957-

Assistente Social.

Pedro Loff
PL · Person · 1989-1992

Formado em Direito, foi funcionário no Instituto Nacional de Estatística, nos Ministérios das Corporações, no Ministério da Educação, no IFAS entre 1976 e 1980, no Ministério da Justiça, na Centro de Estudos Judiciários. Professor no Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa até 1989.

Fátima Aveiro
FA · Person · 1978-2006

Assistente Social.

José Mendes Serrazina
JMS · Person · 1924-2010

José Serrazina Serrazina (Pe. Serrazina, como era conhecido), nasceu em 1924, na Benedita (Alcobaça, Distrito de Leira, Diocese de Lisboa). Estudou nos Seminários de Santarém, Almada e Olivais (Diocese de Lisboa). Na sua formação, consta também o Curso Pro Ecclesia no Centro Internacional do Movimento para um Mundo Melhor, em Roma (1961-1962). Mais tarde (1988), concluiu a licenciatura em Teologia na Universidade Católica Portuguesa (UCP). Em 1950, tinha sido ordenado padre, assumindo funções como professor e prefeito no Seminário de Santarém (até 1955). Depois exerce diferentes cargos como assistente de organismos rurais da Acção Católica Portuguesa (até 1968), sendo, ainda no mesmo período, um dos fundadores do Movimento Familiar Casais de Santa Maria, assistente diocesano dos Centros de Preparação para o Matrimónio e do Conselho da Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa. Paralelamente, ensina Sociologia e Pastoral da Família no Instituto Superior de Estudos Teológicos (1965-1969). Depois da Acção Católica e de iniciativas no plano da família, regressa a responsabilidades na área da formação do clero, agora no Seminário dos Olivais e como vice-reitor (1968-1970), num período de crise da instituição, assumindo igualmente a redação do Boletim Diocesano de Pastoral (1968-1973). É por essa altura que a pastoral social se torna a área privilegiada de atuação. Assistente da Cáritas Diocesana de Lisboa (1973), director do Secretariado Diocesano de Acção Social (1973), assistente da Cáritas Portuguesa (1974), secretário da Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa, membro do grupo Animação e Pastoral da Caritas Europa (1976-1982), director do Secretariado Nacional da Acção Social e Caritativa (desde a sua fundação, em 1982), director da revista Cáritas (também desde o seu lançamento, em 1982). A o ensino (na UCP) e, sobretudo, a família continuaram a ser prioridades: nomeado para a Comissão Interministerial da Família (1984), foi co-organizador do Congresso da Família (1985). Cónego da Sé de Lisboa (1989), secretário-geral do Patriarcado (1990-1997) foi pároco dos Anjos, em Lisboa (1997-2000).
Faleceu em 2010.

David Perez
DP · Person · 1711-00-00 - 1778-10-30

Foi um compositor italiano que se erradicou em Lisboa em 1752, durante 26 anos. Nascido em Nápoles, Perez serviu como maestro na Real Capela Palatina de Palermo até 1748. Veio para Portugal onde foi mestre de capela do rei D. José I, e também para ensinar as duas princesas infantas.
Foi mestre de compositores como João Cordeiro da Silva, João de Sousa Carvalho, Luciano Xavier dos Santos e José Joaquim dos Santos. Acredita-se que Luísa Todi tenha sido sua discípula de canto.
Perez compôs mais de 44 obras dramáticas entre 1735 e 1777, tendo 14 destas sido compostas durante a sua estadia em Portugal, entre as quais se encontra a ópera "Alessandro nell'Indie", escrita para a inauguração da Ópera do Tejo em 1755.