Alberto João de Jesus Almeida dos Santos de Carvalho Pedrógão (1918-06-07 - 2015-01-12). Casado com Maria da Paz Andrade Cancela da Fonseca de Carvalho Pedrógão, pai de Manuel Luís e de Margarida Maria e tio de Maria Cristina Cancela da Fonseca de Araújo Branco Pinheira Pereira. Foi bibliotecário da Junta Nacional dos Vinhos e mais tarde da EPAC. Era guia turístico em língua italiana para excursões e peregrinações a Portugal e a Santiago de Compostela.
Frequentou o curso de assistente social no ISSS-L. Criadora dos Bordados de Óbidos. Trabalhou na EDP, no Lactário em Óbidos.
Acácio Catarino (Acácio Ferreira Catarino) nasceu na Benedita (Alcobaça, Distrito de Leira) em 1935. Foi presidente da Cáritas Portuguesa entre 1982 e 1999. Diplomado em Política Social, pelo Instituto de Estudos Sociais (IES), antecessor do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), onde viria a concluir a licenciatura em Sociologia. Em ambas as instituições, ensinaria Economia do Trabalho, e, já nos anos 1990, Admnistração Social, no Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa, e Serviço Social e Desenvolvimento Local, na Universidade Católica Portuguesa. Depois de empregos de curta duração (Obra do Ardina, CTT e na Caixa Geral de Depósitos), no final da década de 1950, foi admitido como aspirante e, depois, como 3.º oficial na Direção-Geral da Contabilidade Pública (1961-1965). Em 1965, ingressa no Ministério das Corporações (posteriormente Ministério do Trabalho), onde fará a sua carreira profissional (no Ministério da Educação, foi membro da Equipa-Piloto para o Planeamento da Investigação Científica e Técnica em Relação com o Desenvolvimento Económico, 1966-1968). No Fundo de Desenvolvimento da Mão-de-Obra (1965-1971), no Serviço Nacional de Emprego (1971-1974), onde foi diretor-adjunto e diretor-interino, na Direção-Geral de Promoção do Emprego (1974-1978), onde ascendeu ao posto de assessor principal. Em 1978 é diretor de serviços de Promoção de Emprego; de 1983 a 1991 é, primeiro, vice-presidente e, depois, presidente da Comissão Interministerial para o Emprego; de 1991 a 1993, diretor-geral do Emprego e Formação Profissional; entre 1993 e 1994, preside à Comissão Executiva do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Representou o Ministério do Trabalho em sessões da Conferência Internacional do Trabalho (da Organização Internacional do Trabalho, da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), na Comissão Europeia. A sua atividade política, em funções executivas, começou logo após 1974, como chefe de Gabinete do Ministro dos Assuntos Sociais (Mário Murteira), do I Governo Provisório, chefiado por Palma Carlos. Em 1978, seria nomeado secretário de Estado da População e Emprego, no Governo de Nobre da Costa. Entre 2001 e 2006, seria consultor da Casa Civil do Presidente da República, Jorge Sampaio. A sua carreira cívica é vasta, abrangendo diversas organizações, em muitos casos com cargos nos corpos sociais: Associação Barafunda, Instituto Nossa Senhora da Encarnação – Cooperativa de Ensino e Cultura (ambos na Benedita), Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça, Santa Casa da Misericórdia da Amadora, Fundação João XXXIII (Ribamar, Lourinhã), Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, Santa Casa da Misericórdia de Benedita, Comissão Nacional Justiça e Paz, Centro de Estudos da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. Presidiu à Comissão Coordenadora Nacional das Semanas Sociais, desde 1991. Colaborou no Jornal de Notícias e em diferentes títulos da imprensa regional, sobretudo em O Almonda (Torres Novas), Correio do Vouga (Aveiro), Distrito de Portalegre, Alcoa (Alcobaça) e Grito Rural. Dispersas, as suas publicações abrangem problemas do emprego, educação, formação, desenvolvimento, segurança social, voluntariado ou ação social e pastoral social.
Filho de Adelino da Costa e Silva, proprietário agrícola, e de Adelaide Rosa Varzim da Cunha e Silva, professora primária, Abel Varzim da Cunha e Silva nasceu a 29 de abril de 1902 na Quinta dos Bragas, freguesia de Cristelo, concelho de Barcelos. Em 1912 concluiu a instrução primária, tendo frequentado o Liceu Nacional da Póvoa de Varzim até 1916. Nesse ano entrou no Seminário Menor de Braga e em 1921 no Seminário Conciliar de Braga, onde frequentou o Curso Teológico. Foi ordenado padre em 1925 pelo Arcebispo de Braga, D. Manuel Vieira de Matos.
Por solicitação do Bispo de Beja, D. José do Patrocínio Dias, foi transferido, ainda em 1925, para a Diocese de Beja, sendo colocado no Seminário Menor de Serpa, como professor e prefeito do seminário. Aí lançou a Legião Fulminante para distribuição de revistas e jornais à população e fundou o Agrupamento n.º 38 do Corpo Nacional de Scouts.
Em 1930 deu início ao doutoramento em Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Lovaina, Bélgica. Foi nomeado correspondente do jornal Novidades - diário oficioso da Igreja Católica, publicado em Lisboa - a convite do chefe de redação, Monsenhor Lopes da Cruz, mantendo colunas regulares: Cartas da Bélgica, Acção Católica e Vida Social Católica. A permanência na Bélgica permite-lhe contactar figuras marcantes do universo católico, como Joseph Cardijn, e observar iniciativas do movimento e das organizações católicas de universitários e operários. Após a conclusão da tese de doutoramento, com o título Le Boerenbond Belge. L'oeuvre du relèvement et de la grandeur de la classe agricole d'un pays, em 1934, regressou a Portugal, radicando-se em Lisboa.
Em 1933, com o P. Manuel Rocha, estudante em Lovaina, contribuiu para a conceção e o lançamento da Acção Católica Portuguesa (ACP). A ACP enquanto modelo de mobilização dos católicos, a doutrina social da Igreja, a organização do trabalho e da economia e a situação dos trabalhadores constituíram áreas privilegiadas de atuação de Abel Varzim ao longo dos anos 1930 e 1940.
Em 1934 iniciou funções como chefe de redação do recém-fundado jornal quinzenal O Trabalhador, sob a direção de Manuel d'Anunciada Soares. Em 1946 o jornal seria suspenso, sendo retomada uma 2.ª série em 1948, com periodicidade semanal, sob a direção de António Cerejo. Neste período Abel Varzim, para além de publicar textos com regularidade, era o diretor do Conselho de Redação, o qual era composto também por Edmundo Costa, Carlos Branco e Manuel Alpiarça.
Em 1936 foi nomeado assistente geral da Liga Operária Católica (LOC), para cujo lançamento contribuiu decisivamente. Participou, juntamente com operários cristãos, na Cooperativa Popular de Portugal, entre os anos de 1935 e 1947. Diretor do Secretariado Económico-Social da Acção Católica Portuguesa (1939-1948), exerceu também funções como assistente do Centro de Estudos de Acção Social para Universitários (1941-1945), criado junto da mesma entidade.
Foi professor de Encíclicas Sociais, Encíclicas Familiares e Economia Política no Instituto de Serviço Social de Lisboa (1938-1948). Promoveu, entre outras actividades, um curso intensivo para militantes operários cristãos, em 1940, a Festa do Trabalho, no Porto, em 1941, a I Peregrinação Nacional Operária a Fátima, em 1943. Em 1942 traduziu para português a obra de Louis Colens, A Formação dos Dirigentes de Obras Sociais. Participa na 2.ª Semana Social Portuguesa com uma conferência sobre o trabalho e em 1950 promoveu o I Congresso dos Homens Católicos, em Lisboa.
Nas décadas de 1930 e 1950, Abel Varzim manteve várias participações regulares na imprensa. Escreveu no jornal Novidades uma coluna intitulada Impressões de França (1946). Destacam-se ainda os seus textos no Jornal de Notícias, onde manteve uma coluna regular (1942-1947), na revista Lumen (1937 e 1950), onde, aliás, foi chefe de Redação (1948-1950), e no Boletim Oficial da Acção Católica Portuguesa (1948-1950).
Em 1938 foi eleito deputado à Assembleia Nacional, na lista da União Nacional, sem que, cumprida a legislatura, visse o seu mandato renovado para o período subsequente, em 1942. As suas intervenções, incluindo um aviso prévio da sua autoria e as perguntas ao Governo, focaram a organização corporativa, o trabalho e a atuação do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência sobre os sindicatos. Já na década de 1940 as suas conferências e iniciativas mereceram a atenção da polícia política. A sua atividade política foi retomada no final da década de 1950, com críticas inequívocas ao regime e à relação mantida entre a Igreja e o Estado Novo de Salazar. O manifesto sobre os serviços de repressão do regime valeu-lhe, tal como aos demais signatários, um processo-crime, do qual foi amnistiado.
Em 1951 assumiu funções como pároco da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, ao Chiado, em Lisboa. Nessa zona da capital, a prostituição assumia relevo no quadro das suas preocupações sociais e sucederam-se as iniciativas direcionadas para a reintegração social das mulheres que a ela se dedicavam. Em 1954 esteve envolvido na fundação da Obra de Recuperação de Raparigas do Instituto de Sant'Ana - Casa de Recuperação da Quinta do Bosque (Amadora), assumindo funções como assistente, à semelhança do que sucederia com a Liga Nacional Contra a Prostituição, cujos estatutos foram publicados em 1955. Em 1957 o Estado procedeu à demolição das casas de recuperação de raparigas, com Abel Varzim a transferir as iniciativas que lançara para a cidade do Porto, na Casa de Nossa Senhora – Rainha da Paz. Em outubro desse ano pediu dispensa das funções na paróquia da Encarnação.
Depois de Beja, Bélgica e Lisboa, regressou à sua região de origem. No norte do país, as suas preocupações mantiveram-se em torno de iniciativas de reintegração de prostitutas. Se o associativismo, os sindicatos, o movimento cooperativo e o desenvolvimento eram preocupações de longa data, após as tarefas paroquiais ainda se envolveu no lançamento da Sociedade Avícola do Minho (SAMI).
Faleceu em 20 de agosto de 1964.
D. António de Castro nasceu a 12 de fevereiro de 1686 e faleceu, em Pangim, a 25 de fevereiro de 1749, tendo sido sepultado no Convento da Madre de Deus. Filho de D. Francisco de Castro, senhor da aldeia de Dandá, e de D. Ana Coutinho, desempenhou importantes cargos políticos e militares. Participou em várias expedições contra os maratas, nomeadamente contra o Rei Cole (Mahim Quelme). Foi soldado do capitão António Cardim Fróis, capitão de infantaria (Baçaim, 1710), comandante da Companhia Volante de Naturais (c. 1711), capitão da Companhia do Terço de Baçaim (1711), cabo da Pala de Guerra Nossa Senhora do Loreto (1711), capitão-de-mar-e-guerra da Pala Nova Madre de Deus e Santo António (1716), capitão-mor de Bela Flor de Sabajo (1719-1722), capitão-mor dos rios e embarcações de guerra da Província do Norte (1725), capitão-mor da Ilha de Salcete (1734), sargento-mor de batalha na Fortaleza de Rachol (1739), comandante do Forte do Mangueiral (1737) e capitão da Cidade de Goa (1740-1743). Moço fidalgo da Casa Real, desempenhou também o cargo de governador e capitão da Cidade de Damão (1744-1745), onde encarou vários problemas de reabastecimento devido à proximidade com o inimigo Marata. É com D. António de Castro e sua mulher, D. Maria Luísa de Toledo e Castro que se inicia o Sistema de Informação da Família Castro/Nova Goa. Embora existam algumas referências a elementos anteriores, a documentação do Arquivo apenas inicia nesta geração. D. António de Castro casou com D. Maria Luísa de Toledo e Castro em data desconhecida. Tiveram dois filhos: D. Ana Francisca (secção 02. do subsistema Almeida Pimentel) de Toledo e Castro e D. Rodrigo de Castro. Foi através deste casamento que os Castro se ligaram aos Sequeira e Abreu, adquirindo os vínculos pertencentes aos últimos.
Terceira mulher de D. Rodrigo de Castro (22 de julho de 1743). Deste casamento nasceu D. Francisco Xavier de Castro.
D. José Maria de Castro e Almeida Pimentel de Sequeira e Abreu nasceu em Pangim, em 1779-08-26, e aí faleceu, em 1851-03-23, aos 71 anos. Moço fidalgo da Casa Real (1799) e comendador da Ordem de Cristo, destacou-se pelo seu papel como vereador do Senado de Goa (1805), governador de Damão (1811-12-18 a 1815-03-19; 1817-01-30 a 1820-03-06) e presidente da Comissão Municipal de Nova Goa (1846-10-03 a 1847-09-18). Desempenhou também outras funções: alferes do 2º Regimento de Infantaria (1794), guarda marinha da Armada Real (1795), tenente do mar da Marinha Real de Goa (1797), capitão-tenente da Armada Real (1802), tenente coronel de Infantaria e ajudante (1810), chefe comandante das tropas (1810), comandante de Infantaria n.º 1 (1821-11-23), comandante da 1ª Brigada do Exército (1821-12-04), ajudante-general interino (1822), coronel do Regimento de Infantaria da linha do 1º e 5º Batalhão e membro do Conselho da Perfeitura (1835). Emigrou para Bombaim, com sua mulher e filhos, na sequência das alterações políticas de 1835, só regressando a Goa em 1737. Está sepultado defronte do batistério da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Pangim, para onde fora trasladado em 23 de março de 1852. Casou com D. Rita Rosa Teles da Silva e, em segundas núpcias, com D. Veridiana Constança Leite de Sousa e Lemos.
D. Veridiana Constança Leite de Sousa e Lemos [Noronha] nasceu em Ribandar, a 15 de abril de 1823, vindo a falecer já em Lisboa, a 5 de junho de 1859. Filha de D. Fernando Luís Leite de Sousa e Castro (n. 1791, f. 1868-02-29) e de D. Mariana Elisa de Saldanha e Lemos (n. 1801-10-29, f. 1867-11-16). Casou em segundas núpcias, no oratório de sua casa, a 1 de maio de 1854, com Daniel Ferreira Pestana (n. Funchal, a 1824-10-13, f. Pangim,1896-11-14). Casou com D. José Maria de Castro, a 1 de outubro de 1839 na capela de Nossa Senhora da Conceição (Ribandar). Dele resultaram três filhos: D. Luís Caetano de Castro e Almeida Pimentel de Sequeira e Abreu (n. 1840-10-25), D. Ana Rita Josefa (n. 1841-10-23), D. Francisco Xavier (n. 1842-11-15) e D. José Maria (n. 1845-07-17).
Nasceu ainda na Índia e viria a falecer em Portugal, em data desconhecida. Foi moço fidalgo por alvará de 20 de dezembro de 1851.