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Authority record
ISSS-C · Corporate body · 1969-2003

Em 1937, um organismo de administração pública de âmbito regional, a Junta da Província da Beira Litoral, criou, em Coimbra, a Escola Normal Social de Coimbra, com a mediação de uma congregação, as Franciscanas Missionárias de Maria, sob a direcção de Marie Constance Davon. Era baseada nas propostas de Bissaya-Barreto, que considerava a instrução sanitária e moral como essenciais na formação das futuras Assistentes Sociais. A partir de 1927 este assumiu a Presidência da Junta Geral do Distrito de Coimbra, ora Junta de Província da Beira Litoral, sendo assim facilitada a passagem do alvará daquela instituição de ensino em nome desta Junta, situação esta que permanece até 1974 com Bissaya Barreto sempre à frente dos destinos da Escola de Coimbra. Nesta altura, o desaparecimento daquele órgão resulta na transferência do alvará para a Assembleia Distrital e assiste-se ao desvinculamento do Instituto ao seu patrono. Esta escola designa-se atualmente como Instituto Superior Miguel Torga.

Cáritas Portuguesa
CP · Corporate body · 1946-

A Cáritas Portuguesa foi constituída pelo Episcopado Português em 1956, herdando a execução de um programa, o património e os principais dirigentes de uma associação fundada em 1946. Distintas na origem e nos objetivos, as duas organizações apresentam uma clara continuidade no plano dos recursos, dos métodos, do impacto público e da liderança. Em 1976 e em 2000 começaram a vigorar novos estatutos mediante aprovação da Conferência Episcopal.
Em 9 de maio de 1946, a associação União de Caridade Portuguesa teve os seus estatutos aprovados por despacho do subsecretário de Estado da Assistência Social, Joaquim Trigo de Negreiros. A sua finalidade principal consistia na proteção de menores no meio familiar, escolar e profissional por intermédio da colaboração com organizações particulares, civis e religiosas, portuguesas e estrangeiras. O intercâmbio internacional com organizações similares, oficiais e particulares seria uma das marcas inscritas nos estatutos. Pretendia-se, no imediato, a organização de um serviço de socorro a crianças estrangeiras, vítimas da guerra. O Programa de Acolhimento Temporário de Crianças começaria a funcionar em 1947. Entre os objetivos constava, ainda, o estudo das condições de vida das crianças para auxílio material e moral, a promoção da defesa da criança e a organização de creches, lactários, refeitórios, consultas de pediatria e colónias de férias. Com duas categorias de sócios, ativos e benfeitores, a associação teria uma direção com composição exclusivamente feminina. A sua sede seria em Lisboa e poderiam ser nomeados correspondentes e formadas delegações locais.
A 19 de março de 1956 os estatutos da União de Caridade Portuguesa (Caritas) eram aprovados pelo Cardeal Cerejeira, por recomendação da Santa Sé, após consulta da Assembleia Plenária do Episcopado, auscultado o parecer do ministro do Interior. A finalidade principal da nova organização consistia no exercício e na promoção da caridade cristã. Pretendia-se a criação de associações, obras e instituições de assistência social, orientando-as e auxiliando-as. A colaboração no campo internacional com organizações congéneres e representação de organizações religiosas com finalidades de assistência ou beneficência eram marcas inscritas nos estatutos. Cerca de um mês (13 de abril) após a aprovação episcopal dos estatutos da União de Caridade Portuguesa (Caritas), o Diário do Governo publicava um despacho com a extinção da associação formada em 1946 (União de Caridade Portuguesa), depois da sua presidente de sempre, Fernanda Jardim, ter sido nomeada por Cerejeira para liderar a organização de 1956. A conclusão do Programa de Acolhimento Temporário de Crianças seria acompanhada por nova iniciativa mobilizadora de recursos por todo o território português, dotado de significativo impacto público, correspondendo a acordo firmado em fevereiro de 1956. A execução do Programa de Ajuda Alimentar contaria com o apoio decisivo dos poderes públicos norte-americanos, por intermédio do Catholic Relief Services (CRS).
Com a transição democrática em Portugal, a Conferência Episcopal Portuguesa aprovaria uma primeira reforma estatutária da organização formada em 1956. Mantinham-se, em 1976, os vínculos fundadores que estavam expressos nos estatutos assinados por Cerejeira e a denominação assegurava a tradição de 1946 e 1956. Organização da Igreja Católica, instituída pela Conferência Episcopal Portuguesa, e membro da Cáritas Internacional, instituída pela Santa Sé, a "União de Caridade Portuguesa 'Cáritas', também denominada Cáritas Portuguesa" visava, nos termos da reforma estatutária de 1976, a promoção e o exercício de atividades sócio-caritativas. As principais novidades da reforma estatutária residiam na estrutura interna e na organização das finalidades. Seria composta pela federação das Cáritas Diocesanas para ações de: apoio das camadas mais carenciadas da população, por intermédio da sua valorização e promoção da educação para a solidariedade, da consciência crítica e da justiça social; reforma de estruturas para desenvolvimento integral do homem; socorro em caso de calamidade pública ou urgência reconhecida; cooperação com instituições e grupos de ação social. A integração social de retornados das antigas colónias em África justificava um amplo programa mobilizador direcionado para a criação de postos de trabalho, com a habitação a justificar clara prioridade. A consolidação de Cáritas Diocesanas e a animação da pastoral social seriam decididas apostas nas décadas finais do século XX.
Com o novo milénio, a alteração estatutária colocaria a Doutrina Social da Igreja, imperativos de solidariedade e a legislação civil e canónica como orientações da Cáritas Portuguesa. Como união das Cáritas Diocesanas, a Cáritas Portuguesa atribui prioridade às situações mais graves de pobreza ou exclusão social. Os objetivos inscritos nos estatutos de 2000 consistem na assistência, em situações de dependência ou emergência, na promoção social, no desenvolvimento solidário e na transformação social em profundidade, no domínio das relações sociais, dos valores e do ambiente. Para fazer face a situações de pobreza estrutural e de emergência, as prioridades assentariam a conjugação entre a formação profissional e cívica e a consolidação da Rede Cáritas.

José Frederico Laranjo
JFL · Person · 1846-1910

José Frederico Laranjo (Castelo de Vide, 1846 - Lisboa, 1910) foi um jurista, economista, professor universitário e político português.
De origens humildes, cedo ficou órfão de pai e de mãe, tendo frequentado o seminário de Portalegre e depois o de Coimbra, onde chegou a lecionar. Em 1870 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo concluído o curso de Direito em 1875. Dois anos depois defendeu aí a tese de doutoramento e em 1878 foi admitido como docente na mesma faculdade, onde ensinou, entre outras, as cadeiras de Economia Política, Direito Eclesiástico, Direito Administrativo e Direito Constitucional. Foi também reputado investigador.
Deixou escrita uma obra extensa, relacionada com a sua docência e com a sua atividade política.
Dirigiu o jornal O Distrito de Portalegre e colaborou na Gazeta Literária do Porto.
Foi deputado pelo Partido Progressista e nomeado par do reino (membro da Câmara dos Pares do Reino) em 1898. Como político promoveu a reforma do estudo do direito, nomeadamente a criação da cadeira (disciplina universitária) de Direito Internacional.

Isabel Pimentel
IP · Person · 1969-

Assistente Social em Angola em 1969. Em 1970 terminou o Curso Superior de Serviço Social, no Insituto de Serviço Social de Lisboa. Frequentou cursos de especialização em Los Angeles e Paris, entre os anos de 1971 e 1972. Licenciada e doutorada em Sociologia, em 1981 e 1991, pelo ISCTE e pela Universidade François Rabelais, respectivamente. Realizou em 2000, Provas de Agregação no ISCTE, onde é professora desde 1981. Foi, desde 1996, Coordenadora Cientifica da Licenciatura em Serviço Social da Universidade Católica Portuguesa.

Isabel Mascarenhas
IM · Person · 1970-

Assistente Social na Direcção Geral da Assistência em 1970.

Isabel Fazenda
IF · Person · 1946-

Nascida em 1946, frequentou o curso de Assistente Social no ISS-L entre 1966 e 1969, mestre em Serviço Social na Universidade Católica Portuguesa. Trabalhou na área da Saúde Mental desde 1970, tendo exercido funções no Hospital de Santa Maria, no Hospital S. Francisco Xavier e no Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência. É membro fundador da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar onde fez a sua formação na área da intervenção sistémica. Participou na criação e coordenação da Associação de Reabilitação e Integração “Ajuda”, da cooperativa social - PSICOOP e da Federação Nacional de Entidades de Reabilitação de Doentes Mentais. Fez parte da Direcção da Associação dos Profissionais de Serviço Social desde Janeiro de 2005.

Palmira Duarte
PD · Person · 1956-

Trabalhou em Serviço Social de Empresa tendo feito no final do ano de 1956, formação com Marcel Van den Zegel, promovido pelo Sindicato de Assistentes Sociais, Educadoras Familiares e outras Profissionais de Serviço Social, sobre estudo de casos e também Supervisão encontrando-se em Cadernos de Serviço Social nº 2, Ano I-Janeiro-Fevereiro-Março de 1957 o seu testemunho desta experiência profissional. Participou na III Semana de Serviço Social, que se realizou no Porto de 25 a 31 de Março de 1957 , sob o tema “Serviço Social no Trabalho e nos Organismos Corporativos” encontrando-se em Cadernos de Serviço Social nºs 3 e 4, Ano I-Abril a Setembro de 1957, na II sessão de estudo o documento de trabalho da sua autoria sobre a “Trabalhadora Social de Empreza”que serviu de base a discussões. Foi professora no Instituto de Serviço Social de Lisboa onde iniciou a disciplina de Serviço Social de Empresa tendo um texto sobre esta temática, de 1960. Foi coordenadora da primeira tentativa de Serviço Social Escolar lançada em 1963/64, pelo Centro Social do Beato, em Lisboa, com uma equipa de Assistentes Sociais estagiárias e em colaboração com o Instituto de Serviço Social de Lisboa (ISSL), onde dava aulas. Leccionou Serviço Social de Casos e de Grupos no Instituto de Ciências Sociais e Políticas Ultramarinas (ICSPU). Fez parte em 1963, do Centro de Estudos e Desenvolvimento Comunitário (pela Portaria nº 19766 de 18 de Março de 1963, do Ministério do Ultramar é criado na Junta de Investigação do Ultramar para funcionar junto do ICSPU) alterado em 1964, para Centro de Estudos de Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário, pela Portaria nº 20258 de 22 de Abril de 1964. Foi a impulsionadora da criação do Curso Complementar de Serviço Social, professado no Centro de Estudos de Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário no ICSPU, cujo plano de estudos foi aprovado por Despacho do Ministro da Educação Nacional de 8 de Julho de 1967 e em 1968 apresentou a tese deste Curso Complementar “A imagem da Mulher na Sociedade,” tendo feito Supervisão de vários Estágios em Serviço Social Escolar de alunas do ICSPU. Aquando da criação do Instituto de Acção Social Escolar (IASE) em 1971, foi convidada pelo Ministro Veiga Simão para o IASE, para um trabalho de coordenação a nível nacional e implementação de um programa de ASE definido pela Administração Central (IASE), nas cidades de Coimbra, Guarda, Lisboa, Setúbal, Porto e Bragança e em Agosto de 1973, como Directora dos Serviços de Acção Social Escolar apresenta um Projecto de Estruturação da Divisão de Serviço Social Escolar, fruto de reflexão das várias experiências que se foram fazendo no país na área de intervenção em Serviço Social Escolar, tendo-se mantido nesta Instituição até 25 de Abril de 1974.

Mário Pinto Coelho
MPC · Person · 19--

Enquanto estudante do Instituto Superior Técnico, Mário Pinto Coelho (Mário do Nascimento Vieira Pinto Coelho) integrou o Centro de Acção Social Universitário (CASU), chegando a assumir a presidência. Tem contacto e lida de perto com os problemas habitacionais verificados em bairros degradados de Lisboa, sobretudo na Quinta da Curraleira (Alto de S. João), Quinta do Bacalhau (Olaias) e Quinta da Montanha (prolongamento da Av. EUA) e em bairros de realojamento camarário (Quinta da Calçada, junto ao Estádio Universitário; Boavista, Padre Cruz). Na segunda metade da década de 1960, a Direção da Cáritas Portuguesa pretende constituir especialistas de várias áreas para coordenadar intervenções sociais específicas. Ao Gabinete Técnico da Comissão Central da Cáritas Portuguesa serão atribuídas responsabilidades por várias atividades. A Mário Pinto Coelho, no, entretanto, denominado como Gabinete Técnico de Engenharia, serão confiadas, em 1968, edificações e/ou remodelações de equipamentos como colónias de férias, casas de cursos e retiros, lares de estudantes, centros sociais, jardins infantis e creches. Em face da escassez de habitações condignas em Lisboa e de pedidos de residências municipais reencaminhados para a Cáritas Portuguesa, justificam a formação da PRODAC, Associação de Produtividade na Auto-Construção, sem fins lucrativos (estatutos publicados no DG, III Série, de 1968-07-06). A designação remetia para o MONAC, Movimento Nacional de Auto Construção, promovido pela União Católica dos Industriais e Dirigentes do Trabalho (UCIDT), e que empreendera a auto-construção de habitações em núcleos rurais na região de Coimbra. A PRODAC desenhou dois tipos de intervenção: Cooperativas de Habitação Económica para famílias com alguma capacidade económica (seria aplicado na Estrada da Ameixoeira); plano de realojamento da população residente em barracas na Quinta das Claras, Quinta do Marquês de Abrantes, Bairro Chinês, para famílias residentes em barracas. Esta última intervenção constituiria o principal foco de atuação de Mário Pinto Coelho a partir da Cáritas Portuguesa. Posteriormente, assume várias funções na Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa.

Condes de Caria
Family

O título de Conde de Caria foi criado pelo rei D. Luís I de Portugal, por Decreto de 14 de agosto de 1879, em favor de José Homem Machado de Figueiredo Leitão, 1º Barão e 1º Visconde de Caria. Os representantes da família, que estiveram envolvidos na divulgação da subscrição em Belmonte e na recolha de donativos para a construção do Monumento a Cristo Rei, foram: a 3ª Condessa de Caria – Maria Emília Viana Homem Machado (30-08-1889 - 12-12-1973), que integrou as comissões diocesanas de senhoras do Plano Trienal da Guarda e de Lisboa, casada com Boaventura Freire Corte Real Mendes de Almeida (06-09-1874 - 1934) e os respetivos descendentes:
Maria do Carmo Viana Machado Mendes de Almeida (23-01-1911- ?)
Bernardo Viana Machado Mendes de Almeida, 4º Conde de Caria (06-08-1912 - 1999)
Maria Emília Viana Machado Mendes de Almeida (22-12-1913- ?)
Fernando Viana Machado Mendes de Almeida (08-08-1915- ?)
Maria Eugénia Viana Machado Mendes de Almeida (13-02-1917 - 30-01-1942)
Boaventura Viana Machado Mendes de Almeida (29-05-1918- ?)
Aquando da viagem de propaganda do Monumento à diocese da Guarda, entre 16 e 24 de junho de 1952, a P. Sebastião Pinto foi quase sempre acompanhado pela condessa e visitou Caria no dia 24 de junho, sendo recebido no palácio dos condes. A condessa participou na organização dos cortejos de crianças e ofereceu um dos prémios atribuídos à freguesia da Guarda que mais contribuiu para os referidos cortejos.